Pais de estudante americano criticam Trump e culpam Kim por morte de filho
(Atualiza com mensagem de Trump no Twitter).
Washington, 1 mar (EFE).- Os pais do estudante americano Otto Warmbier, morto após passar 17 meses preso na Coreia do Norte, criticaram nesta sexta-feira o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e responsabilizaram Kim Jong-un pela "crueldade" e "falta de humanidade" que levaram à morte de seu filho.
"Kim e seu diabólico regime são responsáveis pela morte do nosso filho Otto. Kim e seu diabólico regime são responsáveis por essa inimaginável crueldade e falta de humanidade. Não há desculpas nem grandes elogios que possam mudar isso", afirmaram Fred e Cindy Warmbier em comunicado divulgado hoje.
Os pais do estudante americano se pronunciaram após Trump ter afirmado, após se reunir com Kim no Vietnã, que acreditava que o líder norte-coreano não teve envolvimento na morte de Otto.
"Falei com ele sobre isso e, de verdade, acredito que ele não seria favorecido em nada se isso ocorresse. Ele me disse que não soube (quando Warbier morreu) e eu acredito", afirmou Trump.
Os pais do estudante morto afirmaram no comunicado que tinham optado por mostrar "respeito" durante o encontro entre Trump e Kim, mas as declarações do presidente americano foram o estopim para que eles se pronunciassem sobre o caso mais uma vez.
Pouco depois das declarações, o presidente americano foi ao Twitter para dizer que que foi "mal interpretado".
"Nunca gosto de ser mal interpretado, especialmente quando se trata de Otto e sua grande família. Lembrem, tirei Otto (da Coreia do Norte) junto de outros três. O governo anterior não fez nada e ele foi capturado durante o mandato deles. Claro que creio que a Coreia do Norte foi responsável pelos maus-tratos e a morte de Otto", escreveu Trump.
"Mais importante, Otto não morreu em vão. Otto e sua família se transformaram em um símbolo tremendo de força e paixão, que durará muitos anos no futuro. Amo Otto e penso nele frequentemente", concluiu o presidente na mensagem.
O casal sempre acusou o governo da Coreia do Norte pela morte do filho. Em abril do ano passado, eles entraram com um processo contra o regime de Kim por "torturar e assassinar" o jovem americano.
Otto Warmbier viajou como turista à Coreia do Norte no fim de 2015. No entanto, acabou preso e condenado a 15 anos de trabalhos forçados por roubar um cartaz de propaganda do hotel no qual ficou.
O jovem estudante morreu aos 22 anos, em junho de 2017, após passar quase 18 meses preso na Coreia do Norte. Ele foi devolvido aos EUA em coma, pouco antes de morrer.
A morte de Otto ampliou as tensões vividas entre os dois países na época. O governo Trump, então, proibiu que os cidadãos americanos viajassem para a Coreia do Norte, uma restrição que se mantém até hoje. EFE
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