Paquistão reabrirá parcialmente espaço aéreo depois de 3 dias fechado

Islamabad, 1 mar (EFE).- As autoridades do Paquistão reabrirão nesta sexta-feira parcialmente o espaço aéreo comercial com o reatamento das operações em quatro aeroportos do país, depois que o mesmo foi fechado na quarta-feira em meio à escalada militar com a Índia, que provocou bombardeios e o derrubamento de caças.

"As operações de voos serão retomadas em Islamabad, Quetta, Peshawar e Karachi", disse a Efe a porta-voz da Autoridade de Aviação Civil paquistanês (CAA), Fareeha Tahir Shah.

Os voos serão retomados às 18h local (10h, em Brasília), nestes aeroportos, enquanto os outros do país permanecerão fechados até segunda-feira, disse a porta-voz.

A reabertura foi anunciada pouca antes de o Paquistão entregar à Índia, através de uma passagem fronteiriça, o piloto indiano capturado na quarta-feira em território paquistanês após um combate aéreo.

O Paquistão fechou seu espaço aéreo na quarta-feira durante a manhã, o que provocou o cancelamento de todos os voos nacionais e o desvio dos internacionais.

Cerca de 4 mil passageiros foram afetados na quinta-feira na Tailândia pelo cancelamento de mais de 35 voos com destinos à Europa e ao país asiático.

A medida foi tomada em meio à pior escalada militar entre a Índia e o Paquistão em décadas, depois que Nova Délhi assegurou ter bombardeado na terça-feira um acampamento em solo paquistanês do grupo terrorista Jaish-e-Mohammed (JeM), que reivindicou em 14 de fevereiro o atentado na Caxemira indiana, no qual morreram 42 polícias.

No entanto, o Executivo de Islamabad mantém que a ação não causou baixas e que as bombas indianas caíram em espaços abertos.

Como resposta, o Paquistão anunciou na quarta-feira o derrubamento de dois caças indianos e a captura de um dos pilotos, além do bombardeio através da Linha de Controle (LoC, fronteira de facto em Caxemira) de território indiano, sem causar baixas nem danos.

A Índia, por sua vez, reconheceu a perda de uma aeronave e a captura do piloto e afirmou que tinha derrubado um caça paquistanês. EFE