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Chelsea Manning é convocada a depor em caso contra Assange nos EUA

02/03/2019 19h40

Washington, 2 mar (EFE).- A ex-militar americana Chelsea Manning, fonte de um dos vazamentos de documentos confidenciais do governo dos Estados Unidos ao Wikileaks, foi convocada a depor em um caso que investiga o fundador da organização, Julian Assange.

No entanto, os advogados de Manning pediram ao tribunal do distrito de Alexandria, na Virgínia, para que a cliente não deponha no caso. Segundo eles, a convocação enviada para a ex-militar não cita nenhum crime ou investigação em andamento.

No último dia 23 de janeiro, a defesa de Assange revelou que tinha apresentado uma "solicitação urgente" à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), com sede em Washington, para que a Justiça americana revelasse as acusações contra ele.

Além disso, os advogados de Assange querem que o governo americano pare de espionar seu cliente, que permanece asilado dentro da embaixada do Equador em Londres desde 2012, e proteção para que ele não seja exilado para os Estados Unidos.

Após a convocação, a própria Manning afirmou, em comunicado publicado pelo jornal "The Washington Post", sua "oposição energética" à medida judicial.

"Vimos abusos de poder inúmeras vezes para atacar o discurso político. Não tenho nada a acrescentar nesse caso e me incomoda que me obriguem a me colocar em risco para participar dessa prática depredadora", disse Manning em nota.

Manning foi condenada a 35 anos de prisão em 2013, quando foi considerada culpada do maior vazamento de documentos confidencias da história dos Estados Unidos.

O ex-presidente Barack Obama comutou a pena de Manning e ela foi libertada da prisão militar do Kansas, onde estava presa. EFE