EUA querem formar "ampla coalizão" para substituir Maduro na Venezuela
Washington, 3 mar (EFE).- O assessor de Segurança da Casa Branca, John Bolton, afirmou neste domingo que os Estados Unidos tentam formar uma "ampla coalizão" internacional para substituir o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e "todo o regime corrupto".
"Eu gostaria de ver uma coalizão tão ampla quanto for possível juntar para substituir Maduro, para substituir todo o regime corrupto. Isso é o que estamos tentando fazer", disse ele em entrevista à rede de televisão americano "CNN".
Bolton também falou sobre sua intensa atividade no Twitter e disse que chegou a publicar 150 mensagens sobre a Venezuela, a maioria em espanhol, para obter apoios para "uma transição pacífica de poder de Maduro para Juan Guaidó", a quem os Estados Unidos e cerca de 50 países reconheceram como presidente legítimo da Venezuela. Em 23 de janeiro, o líder opositor Guaidó, chefe da Assembleia Nacional da Venezuela (Parlamento), se proclamou líder interino invocando artigos da Constituição.
Tanto na entrevista à "CNN", quanto na que também deu hoje ao canal "Fox News", Bolton criticou a influência de Cuba na Venezuela.
"Parte do problema na Venezuela é a forte presença cubana. Existem 20 mil ou 25 mil funcionários da segurança cubana, conforme informações públicas. Isso é o tipo de coisa que nos parece inaceitável", afirmou Bolton à "CNN", que pouco depois disse à "Fox News" que era preciso se desvencilhar de tal ingerência.
O assessor de Segurança da Casa Branca advertiu Maduro que se ele detiver Guaidó no seu retorno à Venezuela isso só acelerará o dia da sua própria saída.
"A oposição está unida de uma maneira sem igual nos últimos 20 anos", destacou.
Guaidó deve embarcar para a Venezuela ainda hoje, após uma viagem por Argentina, Paraguai, Colômbia, Brasil e Equador em busca de apoio político. Ele deixou a Venezuela no dia 22 de fevereiro, passando por cima da proibição de saída imposta pela Justiça por ser investigado por sua proclamação como presidente interino, o que o Supremo não aprova, já que reconhece apenas Nicolás Maduro como chefe do Estado.
Na entrevista, Bolton também afirmou que o atual governo americano "não tem medo de usar a expressão Doutrina Monroe", que, lembrou, foi o "objetivo" de presidentes americanos no passado. A Doutrina Monroe foi uma política do século XIX e tinha como objetivo eliminar a influência e a intervenção de países da Europa nas novas repúblicas do continente americano, com o lema "América para os americanos".
Perguntado pela "CNN" se o endosso americano a "ditadores brutais" em todo o mundo não prejudica a credibilidade dos seus argumentos sobre a Venezuela, Bolton disse taxativamente: "Não, não acho". EFE
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