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Guaidó afirma que prendê-lo seria "um dos últimos erros" de Maduro

03/03/2019 23h42

Caracas, 3 mar (EFE).- O chefe do Parlamento da Venezuela, Juan Guaidó, reconhecido como presidente interino do país por cerca de 50 nações, incluindo o Brasil, disse neste domingo que se for preso amanhã, quando pretende retornar ao seu país, seria um dos últimos erros do governo de Nicolás Maduro, que ele rotulou como ditatorial.

"Se o regime se atrever a me sequestrar, será um dos últimos erros, sem dúvida, que estará cometendo", disse Guaidó, em uma declaração transmitida pelas redes sociais, com o objetivo de dar detalhes sobre a excursão realizada em cinco países da América do Sul e também das manifestações convocadas para amanhã.

O líder parlamentar afirmou que em caso de ser preso, já que desobedeceu uma ordem judicial que o proibia de deixar o país, seus aliados internacionais, liderados pelos Estados Unidos, têm "claras instruções", embora não tenha revelado os detalhes.

Guaidó afirma que com sua detenção, o chavismo estaria dando "um golpe de Estado" e em relação a essa possibilidade, deixou "muito claro os passos a seguir" que inclui, no curto prazo, a mobilização de cidadãos em manifestações.

"Prevendo qualquer tentativa do regime, deixamos mensagens para o nosso povo. Este processo é imparável", reiterou.

O líder da oposição espera que as manifestações de amanhã aconteçam "com muita mais força" em todo o país e para isso seus seguidores convocaram concentrações nos 23 estados da Venezuela e em Caracas, onde existe a previsão de que ele reapareça em público.

Até agora, o principal opositor de Maduro preferiu manter em segredo os detalhes sobre a forma de como planeja voltar para a Venezuela após burlar a proibição de saída, no dia 22 de fevereiro, quando cruzou caminhando a fronteira para a Colômbia. EFE