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Dezenas de jihadistas se rendem em último reduto do Estado Islâmico na Síria

04/03/2019 14h59

Damasco, 4 mar (EFE).- Dezenas de jihadistas se entregaram nesta segunda-feira às Forças da Síria Democrática (FSD) na cidade de Baguz, último reduto do Estado Islâmico no leste da Síria e onde a aliança militar liderada pelas milícias curdas mantém uma ofensiva desde na sexta-feira passada.

Fontes das FSD e do Observatório Sírio de Direitos Humanos informaram que além dos combatentes, centenas de civis deixaram a região da qual saíram milharesde pessoas nas últimas semanas, a maioria familiares dos integrantes do grupo radical.

Um comandante das FSD, Diyuar Idlib, disse à Agência Efe que 250 integrantes do EI, a maioria iraquianos, se entregaram hoje nos arredores de Baguz, enquanto o Observatório reduziu esse número para 150 combatentes de diferentes nacionalidades.

Idlib afirmou que 1.500 pessoas saíram hoje da última área controlada pelos extremistas, a maioria mulheres e crianças, enquanto a ONG calculou que 400 abandonaram a região.

O comandante detalhou que essas centenas de pessoas chegaram às posições das FSD em Baguz Tahtani, no sul da cidade, e começaram a ser transferidos a bordo de caminhões para um ponto situado 20 quilômetros ao norte de Baguz, onde estão sendo registrados e separados.

As crianças e mulheres são levadas ao acampamento de deslocados de Al Hol, na província da Al Hasaka, enquanto os homens se dirigem a centros de detenção das FSD para serem interrogados e investigados de modo a esclarecer se são membros do EI.

Idlib destacou que "a saída de um grande número de combatentes evidência que não poderão resistir e talvez se entreguem em breve" devido ao cerco das FSD e o fogo das milícias e da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos.

As FSD iniciaram na sexta-feira passada a batalha final para tomar o controle do último território habitado que está ainda em mãos dos jihadistas na Síria.

Antes do começo da ofensiva, milhares de pessoas abandonaram Baguz e foram evacuadas pelas milícias, que garantiram que não atacariam a cidade até a saída de todos os civis. EFE