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EUA ameaçam com "forte resposta" atos contra regresso seguro de Guaidó

04/03/2019 00h06

Washington, 3 mar (EFE).- O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, advertiu neste domingo que seu país dará uma "resposta forte e significante" a qualquer ato contra o retorno seguro do líder da oposição Juan Guaidó à Venezuela.

"O presidente interino Juan Guaidó anunciou seu retorno planejado à Venezuela, e qualquer ameaça ou ação contra seu retorno seguro será recebida com uma resposta forte e significativa dos Estados Unidos e da comunidade internacional", advertiu Bolton, no Twitter.

Guaidó, que se autoproclamou presidente no dia 23 de janeiro, disse hoje que se for preso amanhã, quando pretende retornar a Caracas, seria um dos últimos erros do governo de Nicolás Maduro, que ele rotulou como ditatorial.

"Se o regime se atrever a me sequestrar, será um dos últimos erros, sem dúvida, que estará cometendo", disse Guaidó, em uma declaração transmitida pelas redes sociais, com o objetivo de dar detalhes sobre a excursão realizada em cinco países da América do Sul: Brasil, Colômbia, Paraguai, Argentina e Equador, na busca de apoio político.

O opositor deixou no último dia 22 de fevereiro o território venezuelano, apesar da proibição de sair do país ditada pela Justiça, que está investigando sua proclamação como presidente interino, algo que a Suprema Corte não endossa, pois reconhece apenas Maduro como chefe de Estado.

Em entrevista hoje à emissora de televisão "CNN", Bolton afirmou que os EUA procuram uma "ampla coalizão internacional" para substituir o presidente Maduro, e "todo o regime corrupto". EFE