Guaidó chega ao aeroporto internacional de Caracas
Caracas, 4 mar (EFE).- O líder opositor da Venezuela, Juan Guaidó, retornou nesta segunda-feira a Caracas e foi recebido por uma multidão no aeroporto e por representantes da comunidade internacional após um giro por vários países da América do Sul em busca de apoio, entre eles o Brasil.
"Estamos aqui", disse Guaidó aos jornalistas, e também exclamou: "Continuamos nas ruas, seguimos mobilizados!".
Guaidó, que é presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela e se autoproclamou presidente encarregado do país, corre o risco de ser detido pelo governo de Nicolás Maduro, por isso pediu aos venezuelanos que comparecessem às mobilizações de rua para apoiá-lo.
Ao aeroporto também se dirigiram diplomatas de Espanha, França, Alemanha, Portugal, Chile, Argentina e outros países e Guaidó foi escoltado por eles ao chegar ao aeroporto internacional Simón Bolívar que atende Caracas.
"Sabemos os riscos, todos sabemos os riscos de fazer política na Venezuela", disse aos jornalistas Guaidó, que cumprimentou os diplomatas presentes e a multidão que gritava "sim, é possível".
Minutos depois, o político escreveu no Twitter: "Já em nossa terra amada! Venezuela, acabamos de passar pela migração e nos mobilizaremos onde está nosso povo!".
O presidente da Assembleia Nacional desembarcou no aeroporto junto do deputado Francisco Sucre e de Sergio Vergara, ambos militantes de seu partido, o Vontade Popular (VP).
Guaidó, que iniciou em 22 de fevereiro um giro por vários países da América do Sul, entre eles o Brasil, anunciou neste domingo que hoje, segunda-feira, retornaria à Venezuela e convocou manifestações em todo o país para apoiar sua volta.
O líder do parlamento manteve em segredo a forma na qual chegaria ao país, pois pode ser preso por ter burlado uma proibição de saída do território nacional que lhe foi ditada pela Justiça, que só reconhece Nicolás Maduro como líder, por sua autoproclamação como presidente interino.
Guaidó advertiu que Maduro, a quem considera um usurpador da presidência, "vai tentar como nunca nos reprimir e desunir", por isso pediu que os cidadãos se mantenham mobilizados.
Até o momento, nem o Ministério Público, nem o Supremo, nem nenhum dos dirigentes do alto escalão da chamada revolução bolivariana se pronunciou sobre o iminente regresso de Guaidó, mas o seu círculo mais próximo considera que a ameaça de detenção é "real". EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.