Guaidó questiona Forças Armadas da Venezuela por manterem apoio a Maduro
Caracas, 4 mar (EFE).- O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, questionou nesta segunda-feira até quando os integrantes das Forças Armadas do país seguirão apoiando o governo de Nicolás Maduro, ressaltando que 700 militares já desertaram desde o último dia 23 de fevereiro.
"Forças Armadas, o que mais vocês vão esperar? Já viram como mais de 700 oficiais estão do lado da Constituição e há por aí alguns cínicos dizendo que é pouco", disse Guaidó para dezenas de simpatizantes que foram a uma praça do leste de Caracas para recebê-lo após uma excursão de uma semana pela região.
"Sabemos que 80% defende a mudança, sabemos disso, eles se comunicaram conosco", afirmou o chefe do parlamento, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela em janeiro.
Guaidó enviou uma nova mensagem aos militares após chegar à Venezuela na tarde desta segunda-feira. Na última semana, ele fez uma excursão por vários países da região, entre eles o Brasil, burlando uma proibição judicial de deixar o país.
"Ameaçaram todos os que estão aqui de prisão, de morte. E eu digo a eles: não vai ser através da perseguição, das ameaças, que vão nos deter. Estamos mais fortes e unidos do que nunca", afirmou.
"A cadeia de comando está quebrada porque o comandante-em-chefe das Forças Armadas deriva do voto popular e quem usurpa funções, que mais porque queira se disfarçar porque estamos no Carnaval, não é o presidente", criticou Guaidó, se referindo a Maduro.
O líder da oposição também pediu que os militares detenham os "coletivos", grupos civis armados que apoiam o chavismo, que atuaram como "braço armado" do governo e reprimiram os cidadãos que apoiavam a entrada de ajuda no país no último dia 23 de fevereiro.
"Basta de impunidade, não podemos olhar para o outro lado enquanto massacram nossos indígenas", afirmou Guaidó. EFE
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