Outra ministra de Trudeau renuncia por caso de interferência política
Toronto, 4 mar (EFE).- A ministra do Tesouro do Canadá, Jane Philpott, renunciou ao cargo nesta segunda-feira devido à "evidência" de que a ex-ministra de Justiça, Jody Wilson-Raybould, foi pressionada a intervir em um caso que envolve a maior construtora do país.
A inesperada renúncia de Philpott ocorre 72 horas após o primeiro-ministro Justin Trudeau remodelar o gabinete forçado pela renúncia de Wilson-Raybould.
A renúncia de Philpott agrava a crise do governo canadense e aumenta a pressão sobre Trudeau sete meses antes da convocação de eleições gerais.
Após a renúncia de Philpott, que era uma das ministras mais próximas a Trudeau, o líder da oposição, o conservador Andrew Scheer, pediu para que o primeiro-ministro canadense abandone o posto porque "o governo está imerso no caos".
Em sua carta de renúncia, Philpott afirma que "a evidência de esforços por políticos e outros funcionários para pressionar a ex-ministra de Justiça a intervir no caso criminal da SNC-Lavalin e a evidência do conteúdo desses esforços me provocaram graves preocupações".
Em 14 de janeiro, Trudeau substituiu Wilson-Raybould como ministra de Justiça e procuradora-geral e a nomeou ministra de Veteranos, um posto considerado menor.
Semanas depois, um jornal revelou que Wilson-Raybould foi substituída após se negar durante meses a oferecer um tratamento favorável à SNC-Lavalin, que é acusada de corrupção para conseguir contratos na Líbia durante o regime do falecido Muammar al Kadafi.
Em 2 de fevereiro, Wilson-Raybould renunciou como ministra dos Veteranos e em 27 de fevereiro declarou no parlamento canadense que foi pressionada durante meses pelos principais assessores de Trudeau, pelo próprio primeiro-ministro e por outros membros do governo para que obrigasse o Ministério Público a oferecer um acordo de processo diferido a SNC-Lavalin.
Desde o início do escândalo, Trudeau negou que tenha pressionado Wilson-Raybould, mas as suas declarações mudaram à medida que se conheciam mais detalhes do caso.
Notícias divulgadas nos últimos dias indicam que o escândalo está danificando a imagem de Trudeau e de seu Partido Liberal para as eleições gerais, que estão previstas para outubro deste ano. EFE
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