Palestinos tentam atropelar soldados de Israel, mas são mortos na Cisjordânia
Jerusalém, 4 mar (EFE).- Dois palestinos morreram e um soldado israelense ficou ferido com gravidade em uma suposta tentativa de atropelamento na Cisjordânia ocupada contra um grupo de militares de Israel que abriu fogo contra os agressores, informaram nesta segunda-feira fontes oficiais.
"Os agressores atropelaram um grupo de soldados que estava parado na margem da estrada rumo à vila (de Kafr Nima, ao norte de Ramala). Em resposta, as tropas abriram fogo contra os agressores, neutralizando dois deles e ferindo um terceiro", explicou o exército israelense em nota.
Um porta-voz militar confirmou para a Agência Efe mais tarde a morte de dois agressores.
O exército concluiu que o atropelamento foi um "ataque terrorista", mas não ofereceu detalhes sobre as identidades dos ocupantes do veículo. O uso dessa classificação, no entanto, indica que eles eram palestinos e que o incidente está inserido no contexto do conflito palestino-israelense.
Mais tarde, o Ministério da Saúde palestino revelou a identidade dos dois mortos em comunicado: Mahmoud Jumaa Darraj e Raed Muhamad Suleiman, ambos de 20 anos de idade e procedentes, respectivamente, das aldeias cisjordanianas de Kharbatha al Misbah e Beit Sira.
Dois soldados ficaram feridos, um deles com gravidade, e foram transferidos para um hospital para receberem tratamento médico, acrescentou o exército na nota.
O serviço de emergência Maguen David Adom (MDA, equivalente à Cruz Vermelha) detalhou que os militares feridos foram transferidos para o centro hospitalar de Shibea, em Tel Hashomer, e o de estado mais grave está consciente e estável.
Após o incidente, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, parabenizou os militares que "agiram rapidamente e eliminaram os terroristas que os ameaçaram com um atropelamento", e ordenou as demolições das residências dos dois supostos "terroristas".
Os ataques palestinos têm sido comuns durante a onda de violência que começou em outubro de 2015, mas tinham diminuído nos últimos anos, e costumam ser realizados por indivíduos que, em sua maioria, não têm afiliação política, mediante atropelamentos, ações com arma branca e, em menor medida, com armas de fogo. EFE
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