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Bloomberg descarta candidatura à presidência dos EUA em 2020

05/03/2019 20h17

Nova York, 5 mar (EFE).- O ex-prefeito de Nova York e empresário Michael Bloomberg anunciou nesta terça-feira que não será candidato às eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2020.

Em um artigo publicado pelo veículo de comunicação que leva seu nome, Bloomberg encerrou semanas de especulações e informou sobre sua decisão, motivada pelo grande número de candidatos que já anunciou interesse em disputar as primárias do Partido Democrata.

"Nunca foi segredo que considero Donald Trump como uma ameaça para nosso país", escreveu Bloomberg no texto, lembrando que investiu mais de US$ 100 milhões no ano passado para apoiar candidatos democratas nas eleições legislativas do ano passado.

Cotado para a disputa à presidência desde 2016, o empresário disse que é imprescindível que os democratas escolham um candidato capaz de derrotar Trump e "unir novamente o país".

"Não podemos permitir que as primárias arrastem o partido ao extremo de minar nossas chances em uma eleição geral que podem se traduzir em 'quatro anos mais'", afirmou, citando um possível segundo mandato de Trump na Casa Branca.

Bloomberg era filiado ao Partido Democrata, mas trocou de legenda para se candidatar à prefeitura de Nova York em 2001. Quatro anos depois, ele se manteve entre os republicanos para se reeleger.

Após o fim do segundo mandato, Bloomberg optou por ser um político independente até o o ano passado, quando se filiou mais uma vez ao Partido Democrata. O movimento foi visto por muitos como mais um passo para se candidatar à presidência em 2020.

Na última semana, assessores do bilionário avaliaram possíveis sedes de campanha e começaram até a realizar entrevistas visando a contratação de funcionários para a corrida eleitoral.

"Sei o que acarreta lançar uma campanha vencedora e, todos os dias, me frustro com a incompetência no Salão Oval quando leio as notícias. Sei que poderíamos fazer melhor como país. E acredito que derrotaria Trump em uma eleição geral", escreveu Bloomberg.

"Mas tenho claro a dificuldade de vencer a indicação democrata em um campo tão saturado", afirmou o empresário, de 77 anos. EFE