CPI sobre doleiro brasileiro quer convocar ex-presidente paraguaio a depor
Assunção, 5 mar (EFE).- A comissão parlamentar do Congresso do Paraguai que investiga as atividades do doleiro brasileiro Dario Messer no país pretende voltar a convocar o ex-presidente Horacio Cartes (2013-2018) a depor sobre sua relação com o caso.
O senador Jorge Querey, do partido Frente Guasu e integrante da comissão, afirmou nesta terça-feira que, quando o grupo retomar os trabalhos da CPI, irá propor mais uma vez a convocação de Cartes a depor por considerar seu depoimento essencial para esclarecer o caso. O ex-presidente se recusou a comparecer quando foi chamado a depor pelos parlamentares pela primeira vez.
Querey disse a jornalistas que as declarações de Cartes, amigo pessoal de Messer, procurado no Brasil por lavagem de dinheiro, pode fornecer importantes informações para os integrantes da CPI.
O nome de Cartes surgiu na investigação em depoimento de uma ex-funcionária da Secretaria de Prevenção de Lavagem de Dinheiro e Bens (Seprelad) no ano passado. Ela citou um relatório do órgão que falava sobre "vínculos comerciais" entre Messer e ex-presidente.
O documento, datado de 2017, só foi apresentado ao Ministério Público em 2018.
Cartes foi convocado pela CPI a depor em dezembro, mas se recusou a ser ouvido pelos parlamentares. Como alternativa, ofereceu enviar uma declaração por escrito, opção negada pelo Congresso.
O senador da Frente Guasu pretende viajar ao Brasil para se reunir com as autoridades do país que investigam os casos sobre lavagem de dinheiro e obter informações sobre Messer.
Antes da atual pausa dos trabalhos da CPI, os parlamentares apresentaram um relatório preliminar no qual concluíam que houve apoio político para que o doleiro brasileiro atuasse no país.
O Ministério Público do Paraguai afirma que Messer, o filho do doleiro e um primo de Cartes realizaram movimentaram US$ 40 milhões de forma ilegal no Paraguai através de três empresas.
Messer está foragido e é procurado pelo Brasil por operações bilionárias de lavagem de dinheiro. Segundo as investigações, ele teria movimentado US$ 1,6 bilhão em 52 países. EFE
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.