Maduro convoca manifestações em dia de protestos marcados pela oposição

Caracas, 5 mar (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou nesta terça-feira manifestações "anti-imperialismo" no sábado, quando a oposição planeja protestar contra o chavismo em todo o país para forçar que ele deixe o poder.

"Dia do anti-imperialismo americano. Vamos às ruas no dia 9 de março, com manifestações anti-imperialistas para comemorar a data. À rua e ao combate, povo", disse Maduro em discurso transmitido em rede nacional de rádio e televisão.

As declarações foram feitas por Maduro em Caracas, em meio a uma cerimônia pelo sexto aniversário da morte do ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013), evento que contou com a presença de vários ministros e familiares do antigo líder chavista.

Maduro aproveitou a oportunidade para antecipar que fará importantes anúncios no Dia Internacional da Mulher na próxima sexta-feira, mas não deu detalhes sobre seus planos.

O líder chavista pediu união à Venezuela e que os governistas não caiam em provocações, sem citar o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente do país por considerar que Maduro foi eleito de forma ilegal.

"Que eles sigam com seu jogo de provocações, uma minoria amalucada continua com seu ódio, com sua amargura. Não vamos dar bola para eles, compatriotas. Vamos derrotá-los", afirmou.

Maduro acusa os Estados Unidos, chamado por ele de "império", de liderar uma guerra econômica, política e diplomática contra a Venezuela ao ter reconhecido Guaidó como presidente do país.

Guaidó anunciou ontem, ao voltar à Venezuela, a convocação de várias manifestações por todo país para seguir pressionando pela saída de Maduro e a realização de eleições livres. EFE