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Preso radicalizado é rendido após atacar 2 agentes penitenciários na França

05/03/2019 17h40

(Atualiza com morte de esposa de preso em ação da polícia).

Paris, 5 mar (EFE).- Forças especiais da Polícia da França conseguiram render um preso radicalizado que esfaqueou dois agentes penitenciários na prisão de Condé-sur-Sarthe, no oeste do país, aproveitando a visita de sua mulher ao local.

"O detido e sua esposa foram rendidos pela Raid (tropa de elite da Polícia Nacional da França), a quem quero saudar pela coragem, sangue frio e profissional", anunciou o ministro do Interior da França, Christophe Castaner, no Twitter.

Segundo a emissora "BFMTV", tanto o homem como a mulher foram baleados na intervenção da Raid. Ela, no entanto, não resistiu aos ferimentos e morreu horas mais tarde no hospital.

Ele se entrincheirou com a esposa após atacar com uma faca de cerâmica dois agentes penitenciários. Um deles ficou gravemente ferido, mas não corre risco de morrer, segundo o Ministério de Justiça da França.

A ministra da Justiça, Nicole Belloubet, afirmou que "não há dúvida" que a ação foi um atentado terrorista. Por isso, a investigação será conduzida pela promotoria especializada de Paris.

O homem e a mulher estavam na chamada "unidade de vida familiar", um apartamento mobilizado e separado da prisão no qual os presos podem receber suas familiares de forma mais íntima.

O preso cumpre uma pena de 30 anos de reclusão por sequestro seguido de morte, assalto a mão armada e apologia ao terrorismo.

Segundo o delegado do sindicato FO na prisão, Alassanne Sall, o detento gritou "Alahu Akbar" ("Alá é grande", em tradução livre do árabe) no momento do ataque.

A prisão na qual ele é mantido é uma das duas com as maiores medidas de segurança em todo o país, disse Belloubet, que acrescentou que as autoridades trabalham com a hipótese de que sua mulher lhe forneceu a faca de cerâmica, que não é percebida pelos detectores de metal.

Sindicatos de agentes penitenciários na França anunciaram uma greve a partir de amanhã para exigir melhores condições de trabalho e segurança. EFE