Caesar, uma lhama "ativista" com equipe de relações públicas nos EUA
Tania Cidoncha.
Portland (EUA), 6 mar (EFE).- O estado do Oregon é conhecido por abrigar numerosos ativistas e berço de leis inovadoras e progressistas nos Estados Unidos. Sua última protagonista é a lhama Caesar, que trabalha pelo "lhamativismo" cercada por uma equipe completa que coordena suas aparições públicas.
Caesar, de 4 anos e nascida na Argentina, participa de atos de defesa dos direitos civis e apoia causas progressistas e candidatos, tudo com a ajuda de um diretor de redes sociais, Ariel Knox, e três assistentes pessoais.
"Caesar é muito ativa socialmente e sabe que é especial, pois apoia boas causas", disse à Agência Efe, Larry McCool, fiel ativista das lhamas e proprietário de Caesar.
A lhama exerce nas pessoas que participam destes atos um sentimento de ternura, um afeto mútuo semelhante ao demonstrado por cães e seus donos.
Transeunte habitual da cidade de Portland, por onde passeia com a mesma tranquilidade que um animal doméstico, a lhama acompanha Larry em muitas das suas entrevistas, que diz que se sente "muito confortável", pois o animal sabe "se comportar em todos os momentos".
O ativismo de ambos começou em setembro de 2018 em apoio à campanha política do democrata Bill Burgess a um posto local em um condado de Oregon. Foi então que a atual equipe de Caesar se reuniu e começou sua jornada para apoiar os necessitados, funcionando como uma organização sem fins lucrativos.
"Quero deixar claro que não cobramos, o que fazemos é, sem nenhum custo. Estamos indo para escolas, creches, escolas e desfiles só para mostrar o nosso apoio em diferentes eventos", assegura McCool.
Um dia normal na vida de Caesar transcorre na "mística fazenda de lhamas" na cidade de Jefferson (Oregon), com 20 outras companheiras, originárias do Peru, Argentina, Chile e Bolívia.
McCool diz que na sua família tem o "apoio em tudo o que faz", seguros que Caesar "é apaixonada pela luta por boas causas".
E ele presume que o camelídeo fez um completo treinamento em casa que o faz parecer quase um animal doméstico, mantendo o tipo até oito horas consecutivas.
"Ela adora eventos com muitas pessoas, adora receber carinho e abraços e entende perfeitamente o que está fazendo", comentou McCool.
A equipe de Caesar tem a esperança de compartilhar o amor e afeto que a lhama seja capaz de distribuir "selfies e abraços", durante os próximos 16 anos, levando em conta que uma lhama vive até 20 anos.
Caesar se tornou viral nas redes sociais quando, no último dia 28 de fevereiro, McCool a levou em um transporte urbano de Portland, a caminho de um evento.
A companhia de transporte Portland Trimet disse em comunicado que, embora "seja afetuosa e treinada em casa, no momento as lhamas não são permitidas no sistema ferroviário".
"Encontramos problemas em usar o transporte local que costumávamos utilizar, agora ela (Caesar) sabe que temos que andar e não podemos mais usar o trem", justifica Larry.
O fato provocou vários comentários dos moradores de Portland que chegaram a afirmar que não voltariam a utilizar o trem até que Caesar também tivesse permissão para usar esse meio de transporte.
Sua última aparição foi no último domingo, dia 3, na Marcha das Mulheres em Portland, "The Women's March", onde ele foi com seu dono para mostrar a importância de lutar pelos direitos da mulher, "um grande problema atual que merece todo o nosso apoio".
O ativismo de Caesar está relacionado ao coletivo global de pessoas que desprezam o drama cotidiano, especialmente aqueles que envolvem relações sociais, conhecidos como o movimento "no drama lhama".
A lhama foi escolhida por esta causa devido ao hábito que tem de cuspir, relacionando este fato com pessoas dramáticas que "cuspiram" drama para aqueles que os cercam. EFE
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