Governo britânico lança campanha contra tabu em torno da menstruação
Londres, 6 mar (EFE).- O Governo britânico iniciou uma campanha para lutar contra o tabu que rodeia a menstruação e acabar com a pobreza relacionada com ela para 2030, dado que em alguns países as mulheres são obrigadas a utilizar panos, plantas ou papel no período menstrual.
A campanha, lançada por causa do Dia Internacional da Mulher, quer "enfrentar o estigma e o tabu em torno da menstruação", segundo a ministra britânica para Cooperação Internacional e secretária de Estado para Mulheres e Igualdade, Penny Mordaunt.
A iniciativa conta com uma dotação de dois milhões de libras (2,3 milhões de euros) que será repartida através da organização beneficente de ajuda a países com poucos recursos UK Aid Direct.
A campanha procura "assegurar que todas as meninas e mulheres compreendam seus corpos, tenham acesso à informação, água limpa e a produtos de higiene menstrual que necessitam para ter períodos livres de infecções e acabar com os estigmas".
"O empoderamento começa quando se é jovem. As meninas deveriam poder se concentrar na educação e no futuro sem se preocupar e se envergonhar pela menstruação", sustentou Mordaunt.
"Este é um problema global. Sem educação, as mulheres e meninas ao redor do mundo não serão capazes de dar os passos necessários para alcançar seu total potencial", acrescentou.
A falta de acesso a absorventes e o estigma e tabu que ainda rodeiam a menstruação força as meninas, em muitos casos, a ter de desistir de ir à escola ou ao trabalho esses dias, ou inclusive a ter de viver isoladas durante os dias de período.
No Reino Unido, 26% das mulheres de entre 11 e 21 anos se sentem envergonhadas ao falar sobre este assunto e 21% confessaram que outros as fizeram se envergonhar por isso, segundo dados da organização Girl Guiding UK.
Como parte do trabalho do Escritório de Igualdade do Governo para apoiar todas as mulheres, no mês passado Mordaunt também anunciou uma verba de ajuda às mulheres vulneráveis, incluindo vítimas de violência doméstica e mulheres sem lar, de 500 mil libras (581 mil euros) para que voltem a trabalhar.EFE
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