Papa pede que pessoas se libertem do consumismo e do egoísmo
Laura Serrano-Conde.
Roma, 6 mar (EFE).- O papa Francisco pediu nesta quarta-feira que as pessoas se libertem dos "tentáculos do consumismo e dos laços do egoísmo" que geram insatisfação e tornam invisíveis as necessidades dos mais humildes.
"Precisamos nos libertar dos tentáculos do consumismo e dos laços do egoísmo, do querer sempre mais, do não nos contentarmos nunca, do coração fechado às necessidades do pobre", disse Francisco, durante a missa desta Quarta-feira de Cinza, na Basílica de Santa Sabina, em Roma.
Na homilia, o pontífice criticou as pessoas que frequentemente "seguem coisas passageiras" e afirmou que, depois da morte, nenhuma destas preocupações perdurará, porque "as realidades terrenas dissipam-se como poeira ao vento".
"Das muitas coisas que temos na cabeça, atrás das quais corremos e nos afadigamos diariamente, não restará nada", apontou.
Diante desta situação, Francisco aconselhou que o mais conveniente é se libertar dos supérfluos, "da escravidão das coisas" e do "mundanismo que anestesia o coração", e viver dedicados ao que verdadeiramente importa, a caridade.
"A aparência externa, o dinheiro, a carreira, os passatempos: se vivermos para eles, se transformarão em ídolos que nos utilizarão, sereias que nos encantarão e depois nos enviarão à deriva. Por outro lado, se o coração adere ao que não passa, nos encontraremos com nós mesmos e seremos livres", comentou.
Francisco lembrou que a Quaresma é o período para as pessoas libertarem o coração das vaidades e também a se recuperarem das dependências que seduzem.
"É um apelo a deter-se para ir ao essencial, a jejuar do supérfluo que distrai. É um despertador da alma", frisou.
A missa presidida pelo papa foi concelebrada por vários cardeais, bispos e arcebispos e contou com um grande público. Antes da celebração, o Francisco percorreu em procissão o trecho que separa a Igreja de Sant'Anselmo all'Aventino e a Basílica de Santa Sabina. EFE
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