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Rohani diz que "guerra econômica" dos EUA não alcançou fracasso do Irã

06/03/2019 08h41

Teerã, 6 mar (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou nesta quarta-feira que a "guerra econômica" lançada pelos Estados Unidos não alcançou o fracasso do Irã graças à "resistência e coragem" do povo iraniano.

"Os inimigos queriam que este ano houvesse o fracasso do Irã e sua própria vitória, mas nossa grande nação em todos os períodos difíceis resistiu diante das pressões desse país (EUA)", disse Rohanu em discurso na cidade de Lahiyan.

O líder ressaltou que o Irã está em uma "situação de guerra econômica e psicológica" e que "toda a nação do Irã sabe que retroceder significa perder todas as conquistas históricas", segundo publicou a Presidência iraniana.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, decidiu em maio retirar seu país do acordo nuclear multilateral de 2015 com o Irã e voltar a impor sanções econômicas ao país.

Apesar disso, o Irã seguiu cumprindo com seus compromissos derivados do acordo, que limita o programa atômico de Teerã, como confirmou recentemente a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

A respeito, Rohani afirmou hoje que os americanos queriam que o Irã fosse "o primeiro a" violar o pacto nuclear, mas - acrescentou - "não alcançaram".

Também fracassaram, continuou o presidente, quando tentaram que os outros signatários do pacto (Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha) seguissem o exemplo de abandoná-lo e de impor sanções.

"A Europa não abaixou a cabeça diante da Casa Branca e os EUA se viram obrigados a sair unilateralmente de um acordo internacional", afirmou Rohani.

O presidente insistiu, além disso, que sobre as diferenças existentes com os EUA não se pode negociar.

"Os EUA dizem que voltemos à situação de há 40 anos (antes da Revolução Islâmica) mas nós dizemos que não retrocederemos e que seguiremos com a via do desenvolvimento, da independência, da liberdade e da democracia", asseverou.

O regime do último Xá do Irã, o falecido Mohamad Reza Pahlavi, mantinha estreitas relações com os EUA, que se romperam a triunfar a Revolução Islâmica de 1979 e chegar ao poder o aiatolá Ruhollah Khomeini.EFE