Sindicato da imprensa venezuelana denuncia detenção de jornalista americano
Caracas, 6 mar (EFE).- O Sindicato Nacional de Trabalhadores da Imprensa da Venezuela (SNTP) denunciou nesta quarta-feira a detenção do jornalista americano Cody Weddle e de seu assistente Carlos Camacho por parte de funcionários da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), controlada por Nicolás Maduro.
Em mensagem no Twitter, o SNTP indicou que Weddle, colaborador da emissora "Local 10", de Miami, e Camacho foram presos logo no início da manhã em uma operação realizada por agentes do DGCIM, que também apreenderam equipamentos de trabalho dos dois.
Vizinhos do jornalista americano disseram, segundo o sindicato, que a casa de Weddle foi alvo de uma operação de busca e apreensão com uma ordem assinada por um tribunal militar. O documento cita dois crimes, mas eles não foram detalhados no texto.
"Com a detenção de Cody Weddle e Carlos Camacho, são 36 os casos de jornalistas e trabalhadores da imprensa presos por Nicolás Maduro desde o início de 2019", disse o SNTP, que ressaltou que três deles ainda seguem presos pelo regime chavista.
A emissora "Local 10" indicou que Weddle estava desaparecido mais cedo, relatando que recebeu informações, ainda não confirmadas, que agentes foram à casa do jornalista e o levaram preso.
Na semana passada, uma equipe da emissora "Univisión" ficou detida por mais de duas horas no Palácio Presidencial de Mirafloes após entrevistar Maduro.
O principal apresentador da emissora, Jorge Ramos, e sua equipe de produção, que foram deportados no dia seguinte, denunciaram que tiveram equipamentos apreendidos por ordem do líder chavista.
As denúncias de prisões arbitrárias de jornalistas aumentaram depois do chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, ter se autoproclamado presidente do país por considerar que Maduro foi eleito para seu segundo mandato de forma ilegítima.
Só em janeiro, o SNTP registrou 40 agressões a jornalistas. Desse total, 19 correspondiam à prisão de profissionais. Três correspondentes e um motorista que trabalham para a Agência Efe estão entre que foram detidos e depois soltos pelo regime de Maduro.
Maduro critica a imprensa constantemente, especialmente jornalistas estrangeiros, e diz haver uma campanha midiática para derrubá-lo do poder. EFE
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