Cohen entrega documentos da suposta ajuda de advogados de Trump em depoimento

Washington, 7 mar (EFE).- Michael Cohen, ex-advogado pessoal do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entregou na quarta-feira, ao Comitê de Inteligência da Câmara Baixa, documentos que supostamente provam que a equipe legal do republicano o ajudou com a declaração falsa apresentada no Congresso em 2017.

Veículos de imprensa americanos informaram que Cohen entregou minutas da sua declaração junto a e-mails que trocou com a equipe legal de Trump, liderada por Jay Sekulow, sobre o conteúdo desta.

Na semana passada, em uma declaração pública em outro comitê da Câmara Baixa, Cohen defendeu que em seu testemunho de 2017 "houve mudanças, adições", incluindo sobre a duração das negociações para construir uma Torre Trump em Moscou durante a campanha eleitoral de 2016.

Ontem foi a quarta aparição de Cohen no Congresso, em oito dias, onde prestou contas nos Comitês de Inteligência das duas ambas câmaras e no Comitê de Supervisão e Reforma da Câmara Baixa.

O ex-advogado de Trump deveria ter ingressado ontem na prisão para cumprir uma condenação de três anos por vários crimes, incluindo violações ao financiamento de campanha, mas um juiz lhe permitiu adiar por dois meses essa entrada para poder comparecer no Congresso.

Em breves declarações aos repórteres, Cohen disse que foram "alguns dias longos".

No entanto, ele indicou que assegurou aos congressistas que está disposto a "cooperar e continuar cooperando" para fornecer qualquer informação adicional.

O presidente do Comitê de Inteligência da Câmara, o democrata Adam Schiff, descreveu a sessão como "extremamente produtiva" e observou que Cohen "cooperou totalmente com o Comitê" em responder a todas as perguntas que lhe foram feitas durante as duas sessões anteriores. EFE