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Cohen exige pagamento de honorários em processo contra Trump Organization

07/03/2019 18h08

Nova York, 7 mar (EFE).- Michael Cohen, ex-advogado pessoal de Donald Trump, entrou com um processo nesta quinta-feira em uma corte de Nova York contra a Trump Organization, para a qual trabalhou por mais de uma década e da qual reivindica US$ 1,9 milhão em honorários e custos que deixou de receber "sem fundamentos razoáveis".

No processo, apresentado no Tribunal Supremo de Nova York, Cohen assegura que em 2017 chegou a um "acordo contratual" com a organização para compensar-lhe e "pagar os honorários e custos de advogados" relacionados com seu trabalho "com e em nome da organização e seus principais diretores e oficiais".

Parte desse trabalho estava relacionado com as investigações de Robert Mueller, promotor especial que investiga a alegada ingerência eleitoral russa e o possível conluio da campanha de Trump, assim como "múltiplas audiências do Congresso".

Cohen, que em maio será preso para cumprir a condenação de três anos que recebeu em dezembro pelo seu papel durante a campanha eleitoral de 2016, alega ao tribunal na sua ação legal que "milhões de dólares em honorários e custos de advogados não reembolsados" seguem se acumulando.

O litigante, que teve revogado seu título de advogado em Nova York após sua condenação, está pedindo ainda o reembolso de outro US$ 1,9 milhão que lhe foi imposto em multas, confiscos e restituições após declarar-se culpado de violar a lei eleitoral, de evasão contributiva e por mentir ao Congresso.

Cohen alega que a Trump Organization deixou de pagar seus advogados em maio do ano passado, e pouco depois, em junho, foi quando começou a dizer aos seus próximos que estaria disposto a cooperar com a investigação de Mueller.

O processo lembra que Cohen assessorou Trump durante sua campanha eleitoral e detalha o trabalho realizado para o então candidato à Casa Branca.

Também menciona sua intervenção a favor de Trump quando pagou os US$ 130.000 à atriz pornográfica Stormy Daniels para que não falasse publicamente da relação que supostamente teve com seu então cliente e amigo.

Nas audiências públicas, Cohen, que disse que se arrepende de ter trabalhado para o hoje presidente dos EUA, lhe acusou de ser "racista", "vigarista" e de ser "uma fraude". EFE