Ex-policial que matou um negro nos EUA é declarado culpado de assassinato
Miami, 7 mar (EFE).- O ex-policial dos Estados Unidos Nouman Raja, que matou a tiros em 2015 o negro Corey Jones em uma rodovia estadual da Flórida, foi declarado culpado nesta quinta-feira de "homicídio e tentativa de assassinato em primeiro grau" por um júri de West Palm Beach, que fica cerca de 100 quilômetros ao norte de Miami.
O júri do caso chegou hoje a um veredicto, depois que terminou ontem a apresentação das alegações finais da promotoria e da defesa de Raja, que argumentou que seu cliente agiu em defesa própria.
No entanto, a acusação alegou no julgamento que Raja provocou o confronto porque atuava como policial à paisana e não se identificou como tal em nenhum momento, o que levou Jones a acreditar que era alvo de uma tentativa de assalto.
O fato ocorreu na noite de 18 de outubro de 2015 em uma rodovia do condado de Palm Beach, ao norte de Miami. Jones, de 31 anos, estacionou seu veículo avariado ao lado de uma estrada interestadual da Flórida e despertou as suspeitas de Raja, que naquela época atuava como agente da polícia de Palm Beach Gardens.
De acordo com um registro de ocorrência policial, Raja estava de serviço em um carro não caracterizado como viatura e parou para investigar o que estava acontecendo.
Ao sair do veículo, o agente "se deparou repentinamente com um sujeito armado", segundo a versão do chefe de polícia local, Stephen Stepp, e, por isso, teve que fazer uso de sua arma de fogo.
O ex-policial, de 41 anos, disse à polícia em seu depoimento que Jones chegou a jogar a pistola no chão, mas as investigações revelaram que Raja "continuou disparando contra Jones" depois que ele já estava sem sua arma, "enquanto fugia correndo".
Três dos seis disparos efetuados por Raja atingiram o corpo de Jones, dois nos braços e outro no peito, segundo o depoimento.
Raja, que permanecia em prisão domiciliar desde a sua detenção em junho de 2016, pode ser condenado à prisão perpétua na audiência de sentença. EFE
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