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Israel ataca posto militar do Hamas em Gaza após disparos contra tropas

07/03/2019 14h38

Gaza, 7 mar (EFE).- O Exército de Israel atacou nesta quinta-feira um posto militar do movimento islamita Hamas em Gaza depois dos disparos realizados desde a Faixa contra uma posição onde estão as tropas estão posicionadas.

"Há pouco, houve disparo de tiros contra uma posição do Exército perto da cerca de segurança", sem que o ataque deixasse feridos, informou um porta-voz militar, que acrescentou que, em resposta, "um tanque do Exército atacou um posto militar do Hamas no norte da Faixa de Gaza".

Paramédicos e testemunhas no enclave litorâneo disseram à Agência Efe que um drone israelense bombardeou um posto de controle militar que pertence ao braço armado do Hamas, as Brigadas de Ezedin al Qasam, sem que houvesse feridos, embora a instalação tenha ficado destruída.

Este incidente acontece depois que as tropas israelenses bombardearam nesta madrugada várias posições do grupo palestino em represália ao lançamento de um projétil e de balões incendiários para seu território.

Desde o mês passado, a cada noite dezenas de jovens palestinos se reúnem perto da fronteira com Israel e protagonizam protestos conhecidos como "atividade de moléstia noturna", o que elevou a tensão na cerca divisória.

Além disso, os ataques israelenses contra posições do Hamas acontecaram em várias ocasiões nesta última semana, em vários casos pelo lançamento de balões carregados com objetos explosivos para território israelense.

Diante da situação atual, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também titular de Defesa, anunciou hoje que se reunirá nesta tarde com o chefe do Estado Maior do Exército, Aviv Kochavi, e com outros hierarcas militares para uma sessão informativa sobre os incidentes recentes em Gaza.

"O Hamas deve entender agora que qualquer manifestação de agressão será respondida com severamente por Israel", declarou o chefe de Governo durante uma visita na área fronteiriça entre Israel e Egito.

A tensão na divisa entre Israel e Gaza provocou há um ano sete picos de violência, com o disparo em massa de projéteis desde Gaza e bombardeios israelenses de represália, contidos por frágeis tréguas.

A volatilidade na cerca de separação aumentou desde que começaram em março de 2018 os protestos maciços da Grande Marcha do Retorno, manifestações semanais nas quais milhares de palestinos se reúnem diante da cerca fronteiriça para reivindicar o retorno dos refugiados e o fim do bloqueio israelense sobre o enclave, permanente desde que o Hamas tomou o poder de fato em 2007.

Desde que começaram os protestos, 260 palestinos morreram, além de um soldados israelense junto à Faixa e outro em uma operação do Exército encoberto dentro do enclave. EFE