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Queda na chegada de imigrantes latinos aos EUA eleva renda do grupo pós-crise

07/03/2019 16h01

Washington, 7 mar (EFE).- A desaceleração da chegada de imigrantes latinos aos Estados Unidos elevou em 14% a renda desse grupo no país após a crise de 2009, revelou nesta quinta-feira em estudo divulgado pelo Pew Research Center.

A pesquisa destaca que a renda que os latinos que chegaram aos Estados Unidos depois da segunda "Grande Recessão" cresceu entre 2007 e 2017, um movimento que, por outro lado, não ocorreu com descendentes de hispânicos que nasceram no país.

"A mudança demográfica, não a recuperação econômica, é o principal impulsor da renda para os latinos", diz o estudo.

Os hispânicos que estão há mais tempo nos EUA ganham mais do que o restante da comunidade e a crescente participação deles no mercado de trabalho elevou o salário médio tanto dos latinos vindos do exterior como o dos nascidos no país.

Segundo os dados coletados a partir de órgãos do governo, um olhar global sobre a renda de todos os trabalhadores hispânicos entre 2007 e 2017 mostra uma recuperação de 5% após a crise. O índice dos trabalhadores americanos, por sua vez, foi de 3%.

Mas, ao observar de perto os resultados dos latinos, o estudo descobriu que o salário dos hispânicos-americanos, que representam 52% da força de trabalho do grupo, caíram 6% em 2017 em relação a dez anos atrás. Antes, a renda anual era de US$ 32 mil. Agora, ela foi reduzida para US$ 30 mil.

Por outro lado, os hispânicos nascidos no exterior ganhavam US$ 24,9 mil e passavam a receber US$ 28,3 mil anuais em 2017.

O novo cenário, afirmou o Pew Research Center, pode ter tido origem na diminuição do fluxo de trabalhadores hispânicos não autorizados, que depois de atingir 6,4 milhões em 2008, caiu para 5,9 milhões em 2016, último ano de dados disponíveis. EFE