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Tiroteio nos arredores do Cairo mata pelo menos sete supostos terroristas

07/03/2019 08h49

Cairo, 7 mar (EFE).- Pelo menos sete supostos terroristas morreram e um policial ficou ferido nesta quinta-feira em um tiroteio na região de Gizé, nos arredores do Cairo, segundo um comunicado do Ministério do Interior divulgado pela televisão estatal.

A fonte indicou que os mortos pertenciam ao grupo armado Movimento dos Braços do Egito "Hasm", ao qual as autoridades vinculam com a Irmandade Muçulmana, grupo que governou o Egito entre 2012 e 2013, e foi declarado terrorista posteriormente.

Em um primeiro momento, as forças de segurança suspeitaram de uma caminhonete em uma zona de Gizé e uma vez que se aproximaram do veículo, as pessoas que estavam em seu interior começaram a disparar, o que provocou a resposta dos agentes.

No tiroteio três membros da organização morreram e pelo menos um oficial ficou ferido.

A fonte acrescentou que os três mortos usavam um uniforme dos empregados da companhia elétrica estatal para "se camuflar".

Pouco depois, as unidades policiais se dirigiram para um apartamento no bairro Seis de Outubro usado como "refúgio para fabricar artefatos a fim de realizar ataques", disse o Ministério do Interior.

Nessa batida morreram quatro dos supostos membros do grupo durante enfrentamentos com os policiais, afirmou.

Segundo o ministério, estes ataques "coincidem com algumas convocações através de veículos de imprensa da Irmandade Muçulmana que têm como objetivo provocar um estado de caos" no país.

Até o momento, nenhum grupo assumiu a autoria do ataque.

Este tipo de incidentes entre a polícia e supostos terroristas são frequentes no Egito, no marco da luta contra os islamitas que as autoridades do país empreenderam desde a chegada ao poder do presidente, Abdul Fatah al Sisi, após um golpe de Estado em 2013.

Além disso, as forças de segurança e os militares foram alvo de atentados nos últimos anos que foram reivindicados tanto pelo grupo terrorista Estado Islâmico (EI) como pelo Hasm.

Nos últimos anos os atentados reduziram, sobretudo no Cairo, mas a situação continua sendo instável no norte da Península do Sinai, onde a filial egípcia do EI tem sua base. EFE