Câmara dos Representantes aprova lei para ampliar acesso ao voto nos EUA
Washington, 8 mar (EFE).- A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta sexta-feira um projeto de lei que pretende ampliar o direito ao voto, implementar novas regras de ética e deixar as eleições do país mais transparentes.
O projeto, conhecido como H.R.1, foi aprovado com 234 votos favoráveis e 193 contrários, todos de congressistas republicanos.
A proposta inclui regras que permitem o registro automático de eleitores, reforçam os recursos para evitar interferências estrangeiras nas eleições legislativas e prevê tornar o dia do pleito em feriado nacional para os servidores federais.
Os defensores do projeto argumentaram, além disso, que é preciso discutir a corrupção e o dinheiro sujo na política. Por esse motivo, a proposta proíbe os chamados "super PACs", comitês de ação política que fazem doações milionárias para as campanhas no país.
Até então, grupos lobistas de diferentes indústrias e setores são autorizados a doar dinheiro para financiar as campanhas dos candidatos. Eleitos, eles podem votar leis que defendam os doadores.
O congressista democrata Josh Harder criticou os grupos lobistas, afirmando que é "fácil demais" para eles colocarem os interesses das indústrias na frente das necessidades das famílias americanas.
Já a presidente da Câmara dos Representantes, a também democrata Nancy Pelosi, avaliou que a aprovação da medida é vital para que o Congresso reconquiste a confiança dos eleitores.
"É fundamental para nossa democracia que as pessoas confiem que as ações tomadas aqui serão de seu interesse. É isso o que esse projeto nos ajudará a recuperar", afirmou Pelosi em discurso.
A bancada republicana criticou os democratas por não discutirem o projeto de forma bipartidária e considerou que o projeto limita a liberdade de expressão.
O projeto agora vai para o Senado, controlado pelos republicanos, que possivelmente devem barrá-lo. O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, já criticou a proposta, batizada ironicamente pelo partido como "Lei de Proteção de Políticos Democratas". EFE
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