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Explosão deixa 4 feridos em região que presidente da Colômbia visitará amanhã

08/03/2019 20h46

Bogotá, 8 mar (EFE).- A explosão de uma granada lançada por guerrilheiros contra uma viatura da Polícia Nacional da Colômbia deixou quatro civis feridos nesta sexta-feira na cidade Saravena, que será visitada amanhã pelo presidente do país, Ivan Duque.

"Dois guerrilheiros que estavam em uma moto lançaram uma granada que tinha como alvo uma viatura da polícia que estava em uma oficina mecânica. Como resultado, quatro pessoas ficaram feridas", disse Carlos Eduardo Pinilla, secretário de governo do departamento de Arauca, onde fica Saravena, na região leste do país.

As autoridades estão investigando o incidente para estabelecer qual das guerrilhas que atuam na região é responsável pelo ataque. O Exército de Libertação Nacional (ELN) é particularmente forte em Arauca, mas dissidências das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) também agem no local.

No município de Fortul, próximo a Saravena, cinco militares ficaram feridos ontem após pisarem em uma mina terrestre.

As autoridades explicaram que os soldados estavam em uma área de atuação do ELN, quando os guerrilheiros bloquearam a estrada com o caminhão. O veículo foi usado como desvio para que os militares passassem por um caminho alternativo e ativassem a mina.

A segurança em Saravena foi reforçada para receber Duque amanhã.

"Vamos estar em Saravena. Vamos falar de segurança e sobre nossas ações nesse departamento. Mas também quero enviar uma mensagem muito clara do governo nacional: jamais vamos deixar o terrorismo nos amedrontar", afirmou Duque hoje ao confirmar a visita.

Em Cali, onde participou de uma reunião com líderes políticos e sindicais do departamento do Vale do Cauca, o presidente afirmou que os ataques do ELN em Arauca são uma reação à ação do governo.

"Estamos vendo como o ELN seguiu cometendo ataques em Arauca contra a polícia e a população civil, buscando nos amedrontar e nos afetar. Esse grupo sabe que, neste momento, está sendo perseguido pelo governo e será perseguido de maneira implacável porque queremos limitar sua capacidade de causar prejuízo e terror", afirmou.

No último dia 1º de março, o governo da Colômbia prendeu Arturo Ordóñez, conhecido como "El Elefante", um dos líderes do ELN e considerado autor intelectual do atentado contra a Escola da Polícia Nacional em Bogotá, que matou 22 cadetes. EFE