Incompetência e corrupção são causas de blecautes na Venezuela, diz Guaidó
Caracas, 8 mar (EFE).- O chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino, disse nesta sexta-feira que a incompetência e a corrupção, não uma suposta sabotagem, são os motivos reais da crise energética no país.
"Estão como sempre dando a desculpa da sabotagem, mas não existe sabotagem. É simplesmente corrupção, falta de manutenção e de técnicos especializados", disse Guaidó depois de participar de uma cerimônia do Dia Internacional da Mulher em Caracas.
A Venezuela sofre desde as 17h locais de ontem (18h em Brasília) com um blecaute que afeta quase todo o país. Às 15h locais de hoje (16h em Brasília), o fornecimento de energia voltou parcialmente, mas caiu logo na sequência, deixando milhares de pessoas no escuro.
O problema ocorreu depois de uma falha na usina hidrelétrica de Guri, no estado de Bolívar, no sul, responsável pelo abastecimento de 70% do país. O estado de Roraima, que compra eletricidade da Venezuela, também foi afetado pelo blecaute.
O governo de Nicolás Maduro responsabilizou o senador americano Marco Rubio e a oposição pelo problema na usina de Guri, afirmando que houve um "ataque tecnológico" e uma "sabotagem".
Mas Guaidó lembrou hoje que o próprio governo chavista decretou uma crise no setor elétrico há uma década, em 2009, e anunciou investimentos de US$ 100 bilhões para resolver o problema.
Além disso, o autoproclamado presidente interino citou a aprovação pela Assembleia Nacional em 2017 de um voto de censura contra o ministro da Energia Elétrica, Luis Motta Domínguez, culpado pelos opositores pela crescente crise no setor.
"Denunciamos a crise elétrica desde 2017, isso infelizmente não é novo. Essa crise e essa tragédia são responsabilidade do regime (de Maduro)", criticou o autoproclamado presidente interino do país.
Os blecautes têm sido comuns na Venezuela. Apesar do governo de Nicolás Maduro afirmar que as sabotagens provocam os cortes de energia, a oposição e especialistas alegam que a má gestão e a falta de investimento são as verdadeiras causas da crise. EFE
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