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Israel ataca postos militares do Hamas em Gaza após lançamento de projétil

08/03/2019 21h08

Jerusalém, 9 mar (EFE).- O exército israelense bombardeou durante a madrugada deste sábado (data local) várias posições militares do movimento islamita Hamas em Gaza, após o lançamento de um projétil horas antes contra Israel do interior da Faixa, informou uma nota militar.

"Nesta noite, aviões de combate do exército atacaram vários alvos militares em um recinto do Hamas no sul da Faixa de Gaza e estruturas subterrâneas no norte", detalhou um porta-voz militar.

O porta-voz acrescentou que a ofensiva foi "em resposta ao projétil lançado de Gaza a território israelense esta tarde", e pela "violência contínua que surge" do enclave litorâneo, após os protestos de sexta-feira da Grande Marcha do Retorno, nas quais milhares de palestinos protestaram em frente à divisa com Israel, ocasião em que um deles por disparos israelenses.

O exército acrescentou que a mobilização de ontem culminou com o lançamento de vários balões carregados com artefatos explosivos para território israelense, e reiterou que considera o Hamas responsável por todos os incidentes que surjam da Faixa.

Segundo fontes de segurança palestina do enclave, os bombardeios não causaram feridos, enquanto as instalações atacadas sofreram graves danos.

Anteriormente, um projétil foi lançado durante a tarde de sexta-feira de Gaza para Israel, fazendo soar os alarmes antiaéreos do Conselho Regional israelense de Eshkol, contígua com a Faixa, embora o artefato lançado tenha caído em campo aberto sem provocar danos, assinalaram fontes militares israelenses.

A tensão aumentou entre a Faixa de Gaza e Israel nestes últimos dias, com o exército israelense atacando em várias ocasiões durante esta última semana posições militares do Hamas, em represália pelo lançamento de balões incendiários, por outro projétil lançado e disparos contra suas tropas anteontem, e por múltiplos incidentes violentos na cerca de separação.

A volatilidade na divisa provocou há um ano sete picos de violência, com o disparo em massa de projéteis de Gaza e bombardeios israelenses de represália, contidos por frágeis tréguas.

Neste último ano, desde que começaram os protestos da Grande Marcha do Retorno, 260 palestinos morreram, além de um soldado israelense junto à Faixa e outro em uma operação encoberta do exército dentro do enclave. EFE