Palestino é morto após disparos do Exército de Israel em protestos em Gaza
Gaza, 8 mar (EFE).- Um palestino morreu nesta sexta-feira após disparos de soldados israelenses contra os protestos que ocorrem todas as semanas na cerca que separa a Faixa de Gaza e Israel.
A vítima, identificada como Tamer Arafat, de 23 anos, foi baleado em uma manifestação do sul da Faixa de Gaza, perto da cidade de Rafah, na fronteira com o Egito, de acordo com o porta-voz do Ministério de Saúde de Gaza, Ashraf al Qedra.
Cerca de 42 pessoas ficaram feridas após serem baleadas no protesto, entre elas dois fotojornalistas que cobriram a manifestação e quatro médicos.
Milhares de palestinos se reuniram hoje na 50ª manifestação da Grande Marcha do Retorno. Segundo testemunhas, eles levaram bandeiras palestinas, queimaram pneus, jogaram pedras contra os soldados israelenses e se aproximaram da cerca que separa a Faixa de Gaza de Isral, fazendo os militares responderem com bombas de gás lacrimogêneo e munição real.
Simultaneamente, dezenas de balões carregados com explosivos foram lançados a partir da Faixa de Gaza contra o território israelense. No entanto, não houve vítimas.
Os soldados israelenses prenderam dois palestinos que conseguiram cruzar o muro e entrar no território do país pelo norte da fronteira. Eles foram levados pelos militares e serão interrogados.
O porta-voz do Hamas, Abdulfatif al Qanua, disse que as manifestações continuarão até o fim do "assédio da ocupação israelense". O movimento islamita governa Gaza desde 2007.
A Grande Marcha do Retorno completa um ano no próximo dia 30 de março. O comitê de organização dos protestos, que inclui representantes de todos os grupos políticos palestinos, planeja convocar uma grande manifestação para exigir o fim do bloqueio de Israel sobre Gaza e o retorno de refugiados palestinos.
As tensões no muro provocaram sete picos de violência desde o ano passado, com disparo de mísseis a partir de Gaza e bombardeios israelenses como resposta. A violência só foi interrompida no período por frágeis tréguas firmadas entre as partes.
Ontem, o Exército de Israel bombardeou várias posições das Brigadas de Ezedin al Qasam, braço armado do Hamas, em represália pelo lançamento de balões explosivos contra o território do país.
Ao longo do último ano, desde o início da Grande Marcha do Retorno, 260 palestinos e um soldado israelense morreram perto da Faixa de Gaza. EFE
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