Presidente do Sudão liberta mulheres presas em protestos contra o governo
Cartum, 8 mar (EFE).- O presidente do Sudão, Omar al Bashir, ordenou nesta sexta-feira, coincidindo com o Dia Internacional da Mulher, a libertação de todas as manifestantes detidas nos protestos contra o governo que ocorrem desde dezembro no país.
A decisão beneficia 41 mulheres, mas não inclui as que foram punidas pelos chamados tribunais emergenciais, conforme comunicado da presidência do Suão, que não informou o número de condenadas.
Al Bashir anunciou a decisão durante um discurso na residência oficial para líderes tribais e políticos do leste do Sudão. No poder desde 1989, ele afirmou que a ordem é uma resposta à solicitação das mulheres para libertar as detidas nos protestos.
O comunicado do governo ainda expressa a esperança do presidente para que a anistia contribua para criar um ambiente de diálogo.
O diretor-geral de Segurança e Inteligência Nacional, Salah Abdullah Qosh, decidiu implementar imediatamente a diretriz presidencial e libertou todas as mulheres presas nas manifestações.
O Sudão vive uma onda de protestos contra Al Bashir desde 19 de dezembro do ano passado. Algumas manifestações foram reprimidas pelas forças de segurança, deixando pelo menos 50 mortos.
Além disso, cerca de 900 pessoas foram processas e estão sendo julgadas por diferentes tribunais de exceção do país.
Al Bashir decretou na semana passada estado de emergência no Sudão por um ano e proibiu todas as mobilizações sociais, incluindo greves, sem que haja permissão expressa das autoridades.
Após o estado de emergência entrar em vigor, dezenas de ativistas foram julgados de forma sumária pelos tribunais de exceção.
Para tentar conter os protestos, Al Bashir deixou a presidência de seu partido e promoveu mudanças no governo. Outros postos de responsabilidade, como a direção do Banco Central e o comando das Forças Armadas, também ganharam novas lideranças.
Apesar das medidas, a oposição segue protestando no país. Na terça-feira, uma greve geral de servidores públicos foi convocada, tendo impacto, inclusive, no setor privado sudanês. EFE
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