Raúl Castro comparece a fechamento de congresso feminino em Havana
Havana, 8 mar (EFE).- O ex-presidente de Cuba Raúl Castro assiste nesta sexta-feira ao encerramento do 10º congresso da organização governista Federação de Mulheres Cubanas (FMC), uma das poucas aparições públicas do ex-governante desde que ele transferiu a chefia de Estado para Miguel Díaz-Canel em abril do ano passado.
Esta é a terceira ocasião neste ano em que a aparição pública do líder do Partido Comunista de Cuba é noticiada nos veículos de comunicação da ilha, todos eles estatais.
Castro chegou ao Palácio de Convenções de Havana junto de Díaz-Canel e cumprimentou as mais de 350 mulheres que assistem ao congresso, ao qual a imprensa estrangeira credenciada no país não tem acesso.
Durante a última jornada do 10º congresso da FMC está previsto que as delegadas emitam nesta sexta-feira uma declaração de solidariedade para as mulheres do mundo, que foram convidadas a fazer greve e sair às ruas para exigir igualdade e o fim da violência sexual.
A organização, que reúne mais de 4 milhões de cubanas, elegerá sua nova presidência neste congresso, que debate desde a quarta-feira temas relacionados com a igualdade de gênero, o trabalho social, a contribuição feminina à economia e "o papel das mais jovens para garantir a continuidade da Revolução".
Em Cuba, onde o Dia da Mulher é visto mais como uma festividade do que como uma data para reivindicações, "a igualdade de gênero é vontade política" do Estado, que vê como "uma conquista da Revolução" o fato de as mulheres representarem 60,5% dos graduados universitários e sejam maioria no parlamento, o segundo com maior presença feminina do mundo.
A Federação de Mulheres Cubanas foi criada em 1960 por Vilma Espín, a falecida esposa do presidente Raúl Castro, uma das principais defensoras da libertação feminina e da luta pela igualdade de gênero na ilha.
A organização feminina é a única do tipo reconhecida pelo Estado cubano e reúne 89% das mulheres maiores de 14 anos da ilha, que ingressam na FMC quase automaticamente quando atingem essa idade.
Embora celebre o dia 8 de março, o país caribenho não se une de maneira oficial a iniciativas como a Greve Internacional de Mulheres, que procura lançar luz sobre a discriminação que ainda pesa sobre o trabalho feminino, embora a campanha tenha repercutido nas redes sociais e nos poucos espaços alternativos da ilha. EFE
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