Partido pró-curdo da Turquia denuncia violência policial contra sua sede
Istambul, 9 mar (EFE).- Faltando apenas três semanas para as eleições municipais da Turquia, a polícia destruiu uma das principais sedes do Partido Democrático dos Povos (HDP), terceira força do Parlamento, informaram neste sábado à Agência Efe fontes desta formação.
Um grande contingente policial rodeou na noite de ontem a sede social do partido em Diyarbakir, "capital" das regiões curdas da Turquia, e prendeu sete pessoas.
Segundo denunciou um deputado do partido, Musa Farisogullari, os agentes mostraram uma inusitada violência ao entrar na sede "quebrando portas e vidros" e causando danos às instalações.
Os detidos faziam uma greve de fome no escritório em protesto pelo regime de isolamento ao qual está submetido desde há anos Abdullah Öcalan, fundador do Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK), a guerrilha turco-curda.
O HDP denunciou que o isolamento do ex-líder guerrilheiro, que desde 1999 cumpre prisão perpétua na ilha de Imrali perto de Istambul, é contrário às leis turcas e advoga por relaxar suas condições para impulsionar um novo processo de paz com o PKK.
Os tribunais turcos costumam interpretar qualquer amostra de simpatia com Öcalan como "colaboração com terrorismo".
O presidente turco, o islamita conservador Recep Tayyip Erdogan, que precisamente hoje deve realizar um comício eleitoral em Diyarbakir, proclamou há poucos dias que o HDP "não é um partido, mas um pilar do PKK". EFE
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