Avião oficial do presidente da Argélia decola em Genebra
Genebra, 10 mar (EFE).- O avião oficial do presidente da Argélia Abdelaziz Bouteflika, supostamente com ele a bordo, decolou neste domingo do aeroporto de Genebra, onde o líder esteve internado por duas semanas enquanto em seu país se multiplicam os protestos que pedem sua saída da vida política.
Segundo informou a televisão estatal suíça "RTS", o Gulfstream 4S do presidente da Argélia decolou às 15h55 local (11h55, em Brasília) do aeroporto de Cointrin, depois da chegada de uma comitiva de veículos oficiais ao local.
O avião tinha chegado na amanhã deste domingo ao mesmo aeroporto, enquanto em Argel, capital argelina, foi desdobrado um amplo dispositivo de segurança na estrada que conduz ao Palácio Zeralda, uma das residências utilizadas habitualmente pelo chefe de Estado de 82 anos.
Bouteflika chegou à cidade suíça 24 de fevereiro e foi internado no Hospital Universitário de Genebra para uma "revisão de rotina", segundo informações oficiais da Argélia, embora sua longa estadia tenha despertado rumores sobre seu estado de saúde, muito debilitado desde o derrame que sofreu em 2013.
Desde então, Bouteflika quase não apareceu em público - costuma se locomover uma cadeira de rodas empurrada pelo seu irmão Said - e não viajou para o exterior.
Durante o tempo que o presidente ficou no hospital de Genebra, milhares de pessoas protestaram nas ruas da Argélia para exigir que ele não se candidate às eleições presidenciais de 18 de abril, nas quais pode ser eleito a um quinto mandato.
Os protestos também chegaram a Genebra, onde cerca de cem pessoas se manifestaram nos últimos dias em frente ao hospital e ao Escritório da ONU para os Direitos Humanos.
Em um dos protestos no hospital, a polícia da Suíça deteve o líder opositor argelino Rachid Nekkaz.
Segundo médicos especialistas citados nesta semana pela imprensa suíça, o estado de saúde de Bouteflika é grave e seu sistema neurológico está extremamente debilitado, embora pessoas próximas ao presidente afirmem que os rumores são falsos.
Diante desses rumores, a advogada suíça Saskia Ditisheim pediu na sexta-feira no Tribunal de Proteção de Crianças e Adultos de Genebra a nomeação de um ou vários tutores para Bouteflika, em meio ao temor de que ele possa ser "manipulado pelo seu entorno". EFE
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