Crianças do EI não são terroristas, diz Unicef
Beirute, 11 mar (EFE).- O diretor do Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) para o Oriente Médio e Norte da África, Geert Cappelaere, afirmou nesta segunda-feira que as crianças recrutadas por grupos extremistas ou que viveram em um regime jihadista "não são terroristas".
"As crianças que foram recrutadas pelas forças extremistas ou viveram sob seus regimes não são terroristas", disse Cappelaere à Agência Efe, à margem do ato de apresentação de um álbum de canções infantis.
O responsável do Unicef disse que essas crianças "têm necessidade de proteção, educação, cuidados de saúde e sobretudo que a comunidade internacional invista para assegurar que todos os menores tenham uma infância".
Na entrevista coletiva, Cappelaere defendeu que as crianças sejam repatriadas por seus países de origem para que "sejam reintegradas nas comunidades de seus países".
"Há alguns países que assumem suas responsabilidades e outros não", comentou Cappelaere, sem citar nenhum país concretamente.
Cerca de 65 mil pessoas, na maioria crianças e mulheres familiares de combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), permanecem no campo de deslocados de Al Hol, no nordeste da Síria, à espera da repatriação por seus países de origem.
Vários países, como os Estados Unidos e o Reino Unido, retiraram a nacionalidade de mulheres casadas com combatentes do EI e que colaboraram com o grupo terrorista na Síria.
Além da situação dos filhos dos jihadistas, Cappelaere pediu às partes envolvidas no conflito sírio o fim da guerra, que começou há oito anos.
Cappelaere disse à Agência Efe que desde 2011 nasceram cinco milhões de crianças sírias, um milhão delas como refugiadas, e "elas somente conheceram a guerra e suas consequências".
"Portanto, chegou o momento de pôr fim a essa guerra, hoje e não amanhã", disse o responsável do Unicef.
Além disso, Cappelaere disse que "é importante que a solidariedade internacional persista" e se mantenha a ajuda a países receptores de refugiados, como Turquia, Líbano, Iraque, Jordânia e Egito. EFE
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