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Forças curdas avançam no último reduto do EI na Síria

11/03/2019 08h39

Nos arredores de Baguz (Síria), 11 mar (EFE).- As Forças da Síria Democrática (FSD), uma aliança armada liderada por curdos, conseguiram controlar nesta segunda-feira alguns pontos de Baguz, o último reduto do grupo jihadista Estado Islâmico (EI) na Síria.

"As FSD avançaram e controlaram alguns pontos no norte e no oeste de Baguz", informou o porta-voz do grupo, Mustafa Bali, em declarações à Agência Efe nos arredores da pequena região que os jihadistas ainda controlam no leste da Síria e fronteira com o Iraque.

Atualmente, o grupo cerca combatentes do EI no acampamento que os extremistas instalaram dentro de Baguz. Além disso, estão acontecendo bombardeios de aviões da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos, que apoia as FSD.

Os extremistas ainda controlam esse acampamento e um bairro da cidade, uma área de cerca de 300 metros.

Ontem, as forças lideradas pelos curdos retomaram os ataques contra os extremistas, que tinha sido suspensos em diferentes ocasiões nas últimas semanas por causa da presença de um grande número de civis na região.

A maior parte dos parentes dos extremistas deixou a área nos últimos dias e as FSD encerraram ontem o prazo para que tanto civis quanto combatentes saíssem de Baguz antes da ação final. Em 9 de fevereiro, as FSD começaram a batalha "final" para expulsar os extremistas da última cidade que controlam, mas depois de um primeiro avanço considerável, as minas colocadas na região e os contra-ataques do EI, assim como a presença de civis dificultaram a ofensiva.

Milhares de pessoas, principalmente crianças e mulheres saíram de Baguz nas últimas duas semanas, o que surpreendeu até mesmo organizações humanitárias que oferecem assistência humanitária para os deslocados. Combatentes ou suspeitos de pertencer ao EI são detidos em centros das FSD, e alguns estrangeiros já estão sendo entregues aos seus países de origem.

O EI declarou "califado" em junho de 2014 no Iraque e na Síria, onde chegaram a dominar grandes regiões. EFE