Novo gabinete do governo do Peru será paritário, com 9 mulheres e 9 homens
Lima, 11 mar (EFE).- O presidente do Peru, Martín Vizcarra, nomeou nesta segunda-feira um gabinete paritário, integrado por nove mulheres e nove homens, após ter anunciado na sexta-feira passada, no Dia Internacional da Mulher, que a presença feminina em seu governo aumentaria "até chegar à paridade".
O gabinete é liderado pelo advogado, ator e diretor Salvador del Solar, que tomou posse hoje diante de Vizcarra no Palácio de Governo de Lima em substituição de César Villanueva.
No juramento desta segunda-feira se somaram como novas ministras a educadora Flor Pablo, na Educação; a advogada Rocío Barrios, na Produção; a congressista Gloria Montenegro, na pasta de Mulher e Populações Vulneráveis; a advogada Lucía Ruiz, em Meio Ambiente; a arqueóloga e museóloga Ulla Holmquist, em Cultura; e a advogada Paola Bustamante, em Desenvolvimento e Inclusão Social.
Além disso, foram mantidas em seu cargo por Vizcarra a médica Zulema Tomás, em Saúde; a advogada Sylvia Cáceres, em Trabalho e Promoção do Emprego; e a advogada Fabiola Muñoz, em Agricultura e Irrigação.
A lista de ministros é completada por Néstor Popolizio (Relações Exteriores), José Huerta (Defesa), Carlos Oliva (Economia), Carlos Morán (Interior), Vicente Zeballos (Justiça e Direitos Humano), Edgar Vásquez (Comércio Exterior e Turismo), Francisco Ísmodes (Energia e Minas), Edmer Trujillo (Transportes e Comunicações) e Carlos Bruce (Habitação, Construção e Saneamento).
Este Conselho de Ministros se transformou no segundo do Peru a estar formado por mulheres e homens em paridade, após o que foi presidido em 2013 pelo então primeiro-ministro Juan Jiménez Mayor, durante o governo de Ollanta Humala (2011-2016).
Vizcarra transformou a luta contra a violência machista em um dos principais pilares de seu mandato, apesar já terem sido registrados 30 feminicídios no país neste ano, enquanto em 2018 foram contabilizadas 149 vítimas deste crime.
Além disso, o Peru mantém um panorama de participação política do qual as mulheres ficam relegadas, tal como se confirmou nas eleições locais e regionais de outubro do ano passado, quando só 20 mulheres conquistaram uma prefeitura e nenhuma um governo regional, de um total de 2.096 novas autoridades do país.
No atual Congresso, eleito nos pleitos gerais de 2016, apenas 36 mulheres ocupam uma cadeira, do total de 130 da câmara.
Embora no Peru exista uma cota eleitoral de gênero, que busca assegurar a participação feminina em 30% do total das chapas, um relatório do Júri Nacional de Eleições (JNE) indicou que nos partidos políticos existe a tendência de localizar as mulheres em posições onde têm menos chances de serem eleitas. EFE
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