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Aerolíneas Argentinas suspende temporariamente voos com Boeing 737 MAX 8

12/03/2019 11h13

Buenos Aires, 12 mar (EFE).- A estatal Aerolíneas Argentinas anunciou nesta terça-feira que suspenderá temporariamente as operações comerciais dos seus cinco aviões Boeing 737 MAX 8, uma decisão que a companhia informou que está submissa aos relatórios técnicos sobre o acidente com uma aeronave desse modelo ocorrido no último domingo na Etiópia.

Segundo a empresa em comunicado, a decisão de suspender o uso desses aviões foi tomada após uma análise conjunta com a Administração Nacional de Aviação Civil Argentina (ANAC), a autoridade reguladora do setor aéreo no país.

Desde que começou a usar os Boeing 737 MAX 8, em novembro de 2017, a Aerolíneas Argentinas realizou com eles 7.550 voos "com total segurança e eficiência", acrescenta o texto divulgado.

Atualmente, dos 82 aviões que compõem a frota do Grupo Aerolíneas, cinco são do mesmo modelo do acidente da Ethiopian Airlines, que caiu pouco depois de decolar de Adis Abeba com destino a Nairóbi, deixando 157 mortos.

Em outubro do ano passado, outro Boeing 737 MAX 8, da companhia Lion Air, caiu no mar de Java com 189 pessoas a bordo e nessa ocasião a caixa-preta revelou erros no sistema automático do avião.

Com a premissa de que o "valor mais importante" para a Aerolíneas Argentinas é a segurança, a companhia destacou que "acompanha de perto" as investigações realizadas para determinar as causas do acidente da Ethiopian Airlines e está atenta à análise feita pela autoridade reguladora dos Estados Unidos, certificadora dos modelos da Boeing, de origem americana.

"Em virtude do exposto, e até que sejam recebidos relatórios técnicos desses órgãos e entidades, a Aerolíneas Argentinas se dispôs a suspender provisoriamente a operação das referidas aeronaves, a fim de garantir os altos parâmetros de segurança que caracterizam a operação da companhia", destaca o comunicado.

No Brasil, a Gol também decidiu suspender seus voos com o modelo Boeing 737 MAX 8, a exemplo de companhias aéreas de países como Etiópia, China, Indonésia e Mongólia. EFE