ONU identificou outros 23 criminosos de guerra no Sudão do Sul em 2018
Genebra, 12 mar (EFE).- A comissão criada pela ONU para investigar violações de direitos humanos no conflito do Sudão do Sul informou nesta terça-feira que identificou 23 indivíduos suspeitos de crimes de guerra em 2018 e reivindicou que sejam levados diante dos tribunais, dentro ou fora do seu país.
Trataria-se de responsáveis de tropas - tantos leais ao Governo como da oposição - que cometeram crimes nos estados de Unity (norte) Bahr Al Ghazal Ocidental (oeste) e Equatória Central (sul), segundo o relatório apresentado hoje pela comissão diante do Conselho de Direitos Humanos da ONU.
Entre os crimes denunciados estão assassinatos, sequestros, saques e destruição de propriedades para forçar a população civil a fugir para outras zonas, com mulheres e meninas sendo, além disso, vítimas de estupros, como de casamentos forçados, gestações e abortos.
A natureza dos crimes "permite o processo como crimes de guerra e contra a humanidade em países que sejam signatários de tratados contra tortura, desaparecimento forçado e ataques contra o pessoal da ONU, entre outros", destacou a presidente da comissão sobre o Sudão do Sul, Yasmin Sooka.
Em anteriores relatórios se tinham identificado outros possíveis criminosos de guerra, embora o de 2018 difere no fato de que em meados desse ano se assinou um frágil cessar-fogo que foi frequentemente violado pelas diferentes facções do conflito.
Embora os acordos tenha suposto a pacificação de algumas zonas e a melhoria das condições de segurança, milhares de civis seguem obrigados a viver longe dos suas famílias, destacou o relatório apresentado hoje diante do Conselho de Direitos Humanos em Genebra. EFE
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