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Chanceler espanhol não comenta suposta ação da CIA na embaixada norte-coreana

13/03/2019 09h58

Belgrado, 13 mar (EFE).- O ministro das Relações Exteriores da Espanha, Josep Borrell, não quis comentar a informação publicada nesta quarta-feira pelo jornal "El País" sobre a suposta ção da CIA no assalto à embaixada da Coreia do Norte em Madri.

"Ontem quando saí de Madri não tinha esta informação. Desconheço sua origem e sua veracidade e, se a tivesse, não poderia comentar", declarou Borrell em entrevista coletiva em Belgrado.

O chefe da diplomacia espanhola se encontra em uma visita oficial na Sérvia, onde se reuniu com o presidente do país, Aleksandar Vucic; o ministro das Relações Exteriores, Ivica Dacic; e a primeira-ministra, Ana Brnabic.

Segundo as informações do citado jornal, a polícia e o Centro Nacional de Inteligência (CNI) - serviço secreto da Espanha - ligam a CIA ao assalto à embaixada norte-coreana no último dia 22.

De acordo com o "El País", dois dos dez assaltantes foram identificados pelas forças de segurança espanholas e têm vínculos com o serviço de inteligência americano.

Este grupo invadiu a embaixada, situada na periferia da capital espanhola, muito perto da sede do CNI, e roubaram vários computadores antes de fugir.

A embaixada da Coreia do Norte em Madri foi aberta em outubro de 2013 pelo diplomata norte-coreano Kim Hyok Chol, que foi expulso da Espanha em 25 de setembro de 2017 em resposta aos testes balísticos realizados pelo regime de Pyongyang.

Kim Hyok Chol, que atribuiu sua expulsão à "diplomacia de submissão" aos Estados Unidos do governo de Mariano Rajoy, é agora um dos principais interlocutores com o governo de Donald Trump nas conversas com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.

A embaixada em Madri ficou reduzida então ao mínimo, com um encarregado de negócios e um pequeno grupo de estudantes de arquitetura. EFE