Trump diz que "nunca fez nada de errado" para sofrer impeachment
Washington, 13 mar (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que "nunca fez nada de errado" para sofrer um processo de impeachment impulsionado pelos democratas no Congresso.
"Eu aprecio muito a declaração de Nancy Pelosi (democrata, presidente da Câmara dos Representantes) contra o impeachment, mas todo mundo deve se lembrar do fato de que eu nunca fiz nada de errado, a Economia e o Desemprego são os melhores, os Militares e Veteranos estão bem, e muitos outros sucessos", afirmou Trump em sua conta do Twitter.
Trump se referia às declarações de Pelosi, que na última segunda-feira se opôs a impulsionar no Congresso um processo de impeachment contra o presidente ao afirmar que "não vale a pena" e seria "divisório".
"Como destituir um homem que é considerado por muitos como o presidente com os dois primeiros anos (de mandato) mais bem-sucedidos na história, especialmente quando não fez nada errado e o impeachment é por graves crimes e faltas?", acrescentou Trump no Twitter.
As declarações de Pelosi respondiam aos pedidos de vários de seus congressistas que, desde que recuperaram em janeiro a maioria na Câmara dos Representantes, quiseram impulsionar a destituição contra Trump.
Os democratas podem iniciar o julgamento político na Câmara dos Representantes, onde sua aprovação requer somente uma maioria simples, mas provavelmente não teriam respaldo no Senado, onde os republicanos são maioria e a continuidade do processo de impeachment precisa da aprovação de dois terços dos senadores.
Muitos democratas esperam que a investigação liderada pelo procurador especial Robert Mueller sobre a suposta interferência do Kremlin nas eleições presidenciais americanas de 2016, cujo relatório deve ser apresentado em breve, apresente resultados que possam encurralar Trump.
Mueller também investiga os possíveis contatos entre a campanha de Trump e funcionários do governo russo, assim como os negócios e as finanças do presidente americano.
Por enquanto, a investigação, que em maio completará dois anos, atingiu alguns colaboradores próximos de Trump, como seu ex-advogado pessoal Michael Cohen, condenado a três anos de prisão. EFE
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