EUA anunciam que "todos os seus" diplomatas já saíram da Venezuela
Washington, 14 mar (EFE).- O secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, anunciou nesta quinta-feira que "todos os seus" diplomatas já saíram da Venezuela e que Washington restabelecerá sua presença diplomática no país sul-americano "uma vez que a transição para a democracia tiver começado".
"Hoje, todos os diplomatas dos EUA que permaneciam na Venezuela deixaram o país", afirmou Pompeo em comunicado.
O secretário de Estado indicou que esses diplomatas seguirão trabalhando pela Venezuela a partir de "outras situações", que ele não especificou, e ajudarão a "tramitar o fluxo de assistência humanitária à população venezuelana e apoiando os atores democráticos que, bravamente, resistem à tirania".
"Sei que é um momento difícil para eles. Estão plenamente dedicados à nossa missão de apoiar as aspirações do povo venezuelano para viver em uma democracia e construir um futuro melhor para suas famílias", opinou Pompeo.
Além disso, o secretário de Estado assinalou que o governo dos EUA, "em todos os níveis", mantém "firme a sua determinação e o seu apoio" ao povo da Venezuela e ao líder opositor Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino em 23 de janeiro e obteve o reconhecimento de 54 países, entre eles os EUA.
"Esperamos poder restabelecer nossa presença no país, uma vez que a transição para a democracia tiver começado", ressaltou Pompeo.
Até agora não se sabia a data de saída dos diplomatas americanos da Venezuela, mas, na noite da última segunda-feira, o secretário de Estado garantiu que a retirada ocorreria ao longo desta semana.
Pompeo disse então que a decisão era um reflexo da deterioração "da situação na Venezuela, assim como da conclusão que a presença de pessoal diplomático na embaixada se transformou em um obstáculo para a política americana".
Os EUA afirmam que essas foram as razões pelas quais decidiu retirar os diplomatas, mas, na terça-feira, o governo de Nicolás Maduro afirmou que eram eles que estavam expulsando os funcionários americanos que permaneciam no país, que receberam 72 horas de prazo para deixar o país.
Em janeiro, depois que Washington reconheceu Guaidó como presidente, Maduro rompeu as relações com os EUA e ordenou retorno a Caracas de seus diplomatas.
Os EUA, no entanto, responderam então que não retirariam seus funcionários por não reconhecerem a autoridade de Maduro, e o chamaram de "ex-presidente".
Washington afirma que segue sem reconhecer a autoridade de Maduro e que sua decisão de retirar os diplomatas não representa uma mudança em seu apoio a Guaidó. EFE
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