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Ex-vice de Néstor Kirchner anuncia pré-candidatura presidencial na Argentina

14/03/2019 21h01

Buenos Aires, 14 mar (EFE).- O deputado peronista Daniel Scioli, vice-presidente durante o governo de Néstor Kirchner (2003-2007), anunciou nesta quinta-feira sua pré-candidatura para as eleições presidenciais que serão realizadas este ano na Argentina.

"Minha decisão está tomada: vou ser pré-candidato a presidente", declarou Scioli, de 62 anos, em um ato no teatro ND Ateneo de Buenos Aires, o mesmo cenário no qual em 2003 lançou sua candidatura como companheiro de chapa do falecido Kirchner.

O peronista destacou que neste ano, no qual seu país realizará primárias em agosto e pelitos presidenciais em outubro, os argentinos deverão escolher "com toda clareza entre mais ajustes ou o grande desenvolvimento nacional".

Scioli já foi candidato à presidência em 2015 e nas eleições de outubro daquele ano obteve o primeiro posto, mas não com votos suficientes para evitar um segundo turno, em novembro, no qual acabou sendo derrotado pelo conservador Mauricio Macri.

O agora pré-candidato reconheceu que aquela derrota lhe doeu mais que o acidente que sofreu com sua lancha em 1989, quando perdeu o braço direito.

"O sentimento foi tão forte porque tinha muito claro que não se tratava de uma derrota pessoal, mas da derrota de mais de 40 milhões de argentinos que hoje sofrem uma grande frustração", ressaltou.

Scioli afirmou que as políticas econômicas e sociais de Macri, que deve tentar a reeleição, "não poderiam ser pior, com ajuste, salários em baixa, uma injusta distribuição de renda e uma inflação absolutamente descontrolada".

Nesse sentido, o deputado garantiu que "outro caminho é possível" e que, se chegar à Casa Rosada (sede do Executivo), seu governo será de "unidade" e "concertação".

Scioli prometeu incentivos à produção, o fim das altas de tarifas, redução de impostos, aumentos de aposentadorias, melhorias na segurança pública, maior orçamento em educação, ciência e tecnologia, acesso a terra, teto e trabalho, além de uma "drástica reformulação" dos compromissos impostos pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). EFE