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ONU pede a agências que não contratem voos com os Boeing 737 MAX 8

14/03/2019 15h51

Nova York, 14 mar (EFE).- A ONU confirmou nesta quinta-feira que requererá aos escritórios que administram as viagens de seus funcionários que em nenhum contrato comprem passagens para voos operados pelos aviões Boeing 737 MAX 8, o modelo envolvido no acidente do último dia 10 na Etiópia e no qual morreram, entre outros, 22 funcionários das Nações Unidas.

"Foram dadas instruções a todos os nossos departamentos de viagens de não reservar passagens para nenhum integrante das Nações Unidas no modelo de aeronave que caiu na Etiópia", respondeu em entrevista coletiva o porta-voz da Secretaria Geral das Nações Unidas, Stéphane Dujarric.

A decisão foi tomada por motivos de segurança, segundo Dujarric, após a morte de 157 passageiros no acidente do avião da Ethiopian Airlines, poucos meses depois que outra aeronave do mesmo modelo da companhia Lion Air se acidentou na Indonésia, em outubro do ano passado, com 189 mortes.

"É um procedimento padrão de segurança e segue, basicamente, as decisões tomadas pelas autoridades civis de aviação de muitos países do mundo", afirmou o porta-voz do secretário-geral, António Guterres.

No voo acidentado viajavam 22 funcionários de diferentes agências das Nações Unidas que estavam a caminho de Nairóbi (Quênia), onde acontece desde a segunda-feira a 4ª Assembleia de Meio Ambiente da ONU (UNEA-4), que vai até a sexta-feira, na sede da organização no país.

Por outro lado, Dujarric afirmou que as Nações Unidas não estão em contato com a Boeing e que "não esperam" o mesmo.

Desde o domingo, cerca de 50 países ordenaram a suspensão das operações dos modelos 737 MAX 8 e 9 da companhia Boeing em seu espaço aéreo.

Nesta quarta-feira, o presidente dos EUA seguiu os passos de, entre outros, Canadá e União Europeia e decretou a proibição para que essas aeronaves voem em seu espaço aéreo.

A Boeing garantiu ter "recomendado" tal decisão, depois que Trump a anunciou, mas reiterou sua "total confiança" na segurança desses modelos. EFE