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Canadá condena atentado na Nova Zelândia e destaca sofrimento dos muçulmanos

15/03/2019 15h44

Toronto, 15 mar (EFE).- O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, condenou nesta sexta-feira o ataque terrorista contra duas mesquitas em Christchurch (Nova Zelândia), que causou pelo menos 49 mortos.

Trudeau emitiu um comunicado no qual expressou suas "profundas condolências às famílias e amigos que perderam entes queridos nesta tragédia sem sentido".

"Com muita frequência, os muçulmanos sofrem perdas e dor inimaginável em lugares nos quais deveriam se sentir seguros", acrescentou o primeiro-ministro, que lembrou o ataque contra um centro de cultura islâmica em Québec em janeiro de 2017, no qual seis pessoas morreram.

O autor de tal ataque, Alexandre Bissonnette, de 30 anos, foi condenado em fevereiro deste ano à prisão perpétua sem a possibilidade de pedir liberdade condicional durante 40 anos.

"O Canadá lembra perfeitamente o pesar que sentimos quando um ataque sem sentido no Centro Cultural Islâmico de Québec em Sainte-Foy causou a perda de vidas de muitos inocentes reunidos para rezar", declarou Trudeau.

Imagens do ataque de Christchurch transmitidas nas redes sociais pelo suposto autor, o supremacista branco australiano Brenton Tarrant, de 28 anos, mostram o nome de Bissonnette escrito em um dos carregadores da arma automática utilizada no ataque.

Trudeau concluiu sua declaração afirmando que "o ódio não tem lugar. Devemos enfrentar a islamofobia e trabalhar para criar um mundo no qual todas as pessoas, independentemente de sua fé, onde vivem ou onde nasceram, possam se sentir seguras".

Neste sentido, as forças de segurança dobraram sua presença em mesquitas e templos islâmicos dos principais centros urbanos do Canadá, entre eles a cidade de Québec, após o massacre na Nova Zelândia.

O ministro de Segurança Pública do Canadá, Ralph Goodale, afirmou no Twitter que os ataques em Christchurch não mudaram o nível de ameaça terrorista no Canadá, que se mantém "médio" desde outubro de 2014.

Em Toronto, a Torre CN, uma das principais atrações turísticas da cidade e uma das construções mais altas do mundo, anunciou que apagará suas luzes esta noite em sinal de condolência pelo ataque na Nova Zelândia. EFE