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EUA avaliam restringir transações de Visa e Mastercard na Venezuela

15/03/2019 14h57

Washington, 15 mar (EFE).- O governo dos Estados Unidos está avaliando a possibilidade de impor sanções que impediriam as operadoras americanas Visa e Mastercard de processar pagamentos com cartões de crédito na Venezuela.

As discussões foram reveladas à Agência Efe por um funcionário do alto escalão da Casa Branca, que pediu anonimato.

A medida, que ainda está sendo estudada, representaria mais um passo na campanha de pressão econômica dos EUA contra o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.

Segundo a fonte ouvida pela Efe, a Casa Branca concluiu que tem autoridade legal para restringir as transações com cartões Visa e Mastercard na Venezuela porque ambas estão baseadas nos EUA.

Em Cuba, o uso dos cartões das duas operadoras é restrito devido ao embargo econômico americano. Em geral, só funcionam na ilha cartões emitidos por bancos de outros países.

O governo de Donald Trump ampliou a pressão econômica sobre Maduro nas últimas semanas com o objetivo de forçar que ele deixe o poder, permitindo que o opositor Juan Guaidó, autoproclamado presidente interino do país, lidere uma transição democrática.

Os EUA foram o primeiro país do mundo a reconhecer Guaidó como presidente. Desde então, a Casa Branca adotou diferentes medidas para pressionar Maduro, incluindo a aplicação de sanções contra a PDVSA, principal fonte de receitas do governo chavista.

Na última segunda-feira, os EUA sancionaram o banco russo Evrofinance Mosnarbank por ajudar o governo da Venezuela a driblar as sanções econômicas impostas anteriormente.

A Casa Branca também enviou uma notificação formal a todos os bancos internacionais avisando que eles serão punidos se ajudarem no financiamento do governo de Maduro.

Outra opção que o governo americano está avaliando é, segundo a fonte ouvida pela Efe, a imposição de sanções às companhias que negociem com empresas controladas com Maduro, uma medida tomada contra grupos estrangeiros que compravam petróleo ao Irã. EFE