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Papa quer visitar Sudão do Sul para incentivar processo de paz

16/03/2019 10h07

Cidade do Vaticano, 16 mar (EFE).- O papa Francisco recebeu neste sábado no Vaticano o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir Mayardit, e disse que pretende visitar o país "como sinal de proximidade à população e incentivo ao processo de paz", informou a assessoria de imprensa da Santa Sé.

"A sua Santidade expressou o desejo de que se verifiquem as condições para a sua possível visita ao Sudão do Sul, como sinal de proximidade à população e incentivo ao processo de paz", diz o comunicado.

Durante a reunião, o papa e o presidente sul-sudanês conversaram sobre as "boas relações bilaterais" e a "contribuição da Igreja católica no âmbito educativo e sanitário e no processo de reconciliação e reconstrução da nação".

Também foram abordadas "as questões relacionadas à implementação do acordo firmado recentemente pelos diversos sujeitos políticos em relação a resolução definitiva dos conflitos, o regresso dos refugiados e das pessoas deslocadas e o desenvolvimento integral do país".

Em dezembro de 2013 explodiu um conflito no Sudão do Sul entre os seguidores do líder oposicionista Riek Machar e as forças leais ao presidente, Salva Kiir, o que derivou uma guerra étnica que já causou milhares de mortes e provocou mais de quatro milhões de deslocamentos.

Em outubro do ano passado, o governo e a oposição assinaram um acordo de paz que contempla um cessar-fogo durante um período transitório de oito meses para a posterior criação de um governo de união nacional, previsto para abril de 2019.

O papa Francisco disse em fevereiro de 2017 que estudava realizar uma viagem ao Sudão do Sul, mas três meses depois o então diretor de imprensa do Vaticano, Greg Burke, confirmou que a visita não seria realizada naquele ano.

Em 2019, o pontífice deve visitar o Marrocos em 30 e 31 de março, a Bulgária e a Macedônia de 3 a 5 de maio, e a Romênia de 31 de maio a 2 de junho. Embora ainda não tenha anunciado, também está previsto que viaje a Madagascar, Moçambique e Japão. EFE