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Rússia alerta que responderá a novas sanções da União Europeia

16/03/2019 08h44

Moscou, 16 mar (EFE).- A Rússia alertou neste sábado que responderá às sanções impostas pela União Europeia (UE) a oito russos por uso injustificado da força militar no incidente ocorrido em novembro do ano passado próximo ao estreito de Kerch, quando foram capturados três navios ucranianos e seus 24 tripulantes.

"A parte russa não deixará sem resposta esta ação inamistosa da UE", afirma um comentário divulgado no site do Ministério das Relações Exteriores da Rússia.

Segundo o governo russo, a decisão adotada na sexta-feira pelo Conselho da UE é "uma demonstração da falta de respeito ao direito da Federação da Rússia de defender as suas fronteiras estatais".

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia ressaltou que se trata de uma "via irresponsável que incentiva Kiev a continuar a sua política de provocações, que ameaçam a segurança da Federação Russa e outros países da região do mar Negro, incluindo membros da União Europeia".

O Conselho da UE explicou que a Rússia "utilizou a força militar injustificadamente após a captura em novembro de navios e marinheiros ucranianos por parte de soldados russos no estreito de Kerch, que une os mares Negro e de Azov.

Entre os sancionados estão o chefe e o chefe adjunto do Departamento de Fronteiras do Serviço Federal de Segurança da Rússia para a República da Crimeia e a cidade de Sebastopol.

Os 24 marinheiros ucranianos aprisionados pela guarda costeira russa se declararam prisioneiros de guerra e atualmente estão em prisão preventiva em Moscou à espera de serem julgados por "cruzamento ilegal da fronteira".

Ao anunciar as novas sanções, a União Europeia voltou a pedir a libertação imediata de todos os ucranianos retidos e a devolução dos navios aprisionados, assim como a livre passagem de todos os navios pelo estreito de Kerch.

Além disso, reiterou o compromisso com o Direito Internacional, a soberania, a integridade territorial e a independência da Ucrânia e a política da UE de não reconhecimento da anexação ilegal da Crimeia. EFE