Deputado diz que 26 venezuelanos morreram em hospitais durante "apagão"
Bogotá, 18 mar (EFE).- Pelo menos 26 pessoas morreram nos hospitais da Venezuela durante o blecaute de 72 horas que aconteceu no país entre os últimos dias 7 e 11, denunciou nesta segunda-feira em Bogotá (Colômbia) o deputado José Manuel Olivares, opositor do governo de Nicolás Maduro.
"Estas 26 mortes que foram tristemente detalhadas ou relatadas nas redes sociais. É importante que entendam que nesse período cerca de 55% dos hospitais do nosso país ficaram sem eletricidade", afirmou o político venezuelano em entrevista coletiva.
Olivares, que também é médico, explicou que algumas vítimas dependiam de suporte por máquinas e morreram porque o centro médico não tinha geradores. Em outros hospitais havia geradores, e mesmo assim vários pacientes morreram.
Um deles era um paciente com câncer que sofreu uma hemorragia em um hospital militar. Como estava internado no segundo andar, tinha que ser transferido, mas não havia elevador.
"O gerador só serve para manter a emergência e a UTI. Ele não conseguiu ser levado e perdeu a vida", disse.
Sobre a situação atual dos hospitais da Venezuela, ele afirmou que os médicos que denunciam o que acontece estão sendo ameaçados ou demitidos.
Até o momento, a ONG Médicos por la Salud, que há cinco anos registra as deficiências dos 40 maiores hospitais do país, contabilizou 21 mortes em hospitais no apagão.
O médico Julio Castro, um dos porta-vozes da organização, divulgou no Twitter um relatório sobre o casos registrados até às 21h (horário local) de 10 de março, apesar de o governo de Nicolás Maduro negar que tenham ocorrido mortes provocadas pelo blecaute.
De acordo com a organização, apenas no Hospital Central Dr. Manuel Núñez Tovar, no estado de Monagas, 15 pessoas morreram por falhas elétricas. Já em Caracas foram reportados quatro falecimentos, todos de recém-nascidos. EFE
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